sexta-feira, 7 de maio de 2010

Ressuscitando os mortos

Jo.11:39,40 ”Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: SENHOR, já cheira mal, porque é já de quatro dias. Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus? “ Antes de ressuscitar Lázaro, Jesus ordenou aos homens que tirassem a pedra que fechava o túmulo. Ali estava Jesus o autor da vida diante de um defunto morto de quatro dias. Entre eles havia uma pedra que precisava ser retirada e quem deveria retirar eram os homens. Assim que a pedra foi retirada Jesus fez a parte dele ressuscitando o morto.

O detalhe importante no texto acima foi a ordem que partiu de Jesus para tirar a pedra. Tudo começa quando Deus fala. Tirar a pedra sem que Deus mande não resulta em ressurreição, mas a obediência às ordens de Deus geralmente resultam em milagres em nossas vidas. Mesmo que sejam milagres pequenos e imperceptíveis aos olhos humanos. O certo é que houve uma iniciativa de Deus que foi devidamente aproveitada pelos homens e que resultou na ressurreição de Lázaro.

Existem coisas que competem ao homem fazer e se são feitas de forma oportuna vão trazer as bênçãos de Deus sobre os que o fazem. Não podemos esperar que Deus faça o que só nós devemos fazer e nem devemos tentar fazer aquilo que somente o Senhor poderá fazer.

Às vezes nos deparamos na tentativa de querer ressuscitar mortos, mas eles ainda permanecem mortos. Talvez pela soberba humana e estado decaído em que ficamos, depois do pecado, somos tentados a querer intervir em coisas que pertencem a Deus realizar. Outras vezes reclamamos das coisas que Deus já fez em sua soberania, somos murmuradores e ingratos. Isso acontece quando expressamos nossos complexos, tristezas e frustrações relacionadas com a nossa própria existência, quando não nos aceitamos fisicamente ou quando não aceitamos coisas relacionadas como o próprio temperamento, etc. Foi Deus quem fez e só Ele pode mudar.

Entender que tirar a pedra é nosso papel nos ajuda a encontrar um estilo de vida abençoado e saudável. Mas o homem peca duas vezes: peca por não fazer a sua parte e peca por querer fazer a parte de Deus.

Pode ser que existam coisas em sua vida que estão mortas e até já cheiram mal. Pode ser um casamento que já morreu a tempo e se tornou em um silêncio fúnebre. O diálogo está sepultado, o carinho já não existe e resta apenas a cortesia ética entre amigos que convivem debaixo do mesmo teto. É preciso tirar a pedra do orgulho e do amor próprio. É necessário deixar a porta do túmulo aberta para que o ressuscitador ordene a vida.

Situações que lembram a morte na vida como angústia, amargura, decepções, frustrações pode transformar o viver numa coisa tão angustiante como um túmulo. A mesmice da vida provoca frieza e descontentamento, faz que as pessoas se sintam como se estivessem sepultadas dentro delas mesmas. O quadro se agrava quando isso vem acompanhado de conformação. Está provado que o homem é capaz de se conformar com qualquer tipo de situação. Se ele vai para prisão acaba se conformando com aquele estilo de vida desumana. Quem vive na favela acaba pensando que ali é o melhor lugar do mundo para morar. Até mesmo doentes tendem a se conformar com a própria enfermidade. O auto- diagnóstico de uma situação de morte precisa ser levado à sério urgente.

Deus é o autor da vida. Jesus disse em Jo.10:10 “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. “ Quando Jesus fala de vida ele está falando sobre felicidade, sobre alegria no coração, sobre entusiasmo para viver, sobre ânimo para trabalhar, realizar tarefas com prazer, sonhar, fazer planos, etc. A vida abundante é também a quantidade de vida que somente Ele pode nos dar.

Ao ressuscitar, Lázaro já se levantou do caixão. Uma pessoa que está viva quer se movimentar, andar, sair, conversar, realizar, etc. Deus não lhe criou para ficar prostrado, parado, preso aos vícios, estático sem rumo e sem direção. Não se conforme diante do seu próprio diagnóstico. Jesus te chama para fora. Saia de dentro de si mesmo! Há muita coisa que precisa ser feita lá fora.

Rev. Alcimar Dantas Dias

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