quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Teoria da Comunicação

A linguagem humana tem a função de ser o meio pelo qual podemos compartilhar com os outros as nossas ideias, sonhos, conselhos, desejos, etc. A comunicação é algo fundamental para o sucesso do nosso relacionamento com os outros e é também fundamental para o sucesso do nosso ministério.
Spurgeon (2005) desafia a todos os que desejam realizar um ministério com eficiência a investir na oratória e para isso ele chama a atenção para fatores importantes na comunicação:

1. Cultivar um estilo claro. Quando alguém não consegue me fazer entender o que quer dizer é porque esse alguém talvez não saiba o estar querendo dizer. O estilo claro começa com a clareza das ideias. Antes de saber dizer, eu tenho que saber o que desejo dizer. O estilo claro implica numa linguagem clara que seja capaz de comunicar aos outros o que estamos pensando. A falta de clareza distrai os ouvintes até mesmo em uma conversa informal. Um estilo cralo implica em dicção clara e  domínio básico da língua materna. UM orador pode estar dizendo uma grande verdade, mas se ele comete erros comuns da língua, a probabiidade de os ouvintes se lembrarem dos erros é maior do que se lembrarem da grande verdade dita. Além disso, a credibilidade do que estar sendo dito pode ser afetada, principalmente quando quem estar falando é uma pessoa desconhecida. Tolices não se transformam em sabedoria só porque sáo ditas aos gritos. Então não é a gritaria que torna um orador bem sucedido e sim o cultivo de um estilo claro e convicente.
2. Ter convicção do que se deseja comunicar é outro fator que faz um orador ser bem sucedido. Às vezes, a maneira como alguém está falando é mais desistimulante do que as palavras que estão sendo ditas. Quem vai acreditar no que estamos dizendo se nem nós mesmos acreditamos? A História Clássica nos conta que quando Dario estava prestes a ser assassinado por um soldado, o seu filho que era mudo desde a infância, bradou: Não mate o Rei! Diante da possibilidade da morte do pai o jovem teve sua língua solta para falar. O que pode nos impulsionar a falar? Falamos melhor quando estamos tomados de convicção sobre a verdade.
3. Além disso, é recomendável usar um estilo lógico. A mente é a entrada da alma e estamos lidando com pessoas inteligentes. O homem é dotado de inteligência e capaz de analisar o que dizemos. A Bíblia não é um livro desestruturado para ficar ao sabor do achismo e subjetivismo alheio. Não fomos chamados para ser advogados da Bíblia e sim seus expositores. Quem tem ouvidos ouça o que diz as Escrituras. Mas devemos também usar a lógica  no tempo que se gasta falando. Existem sermões intermináveis e redundantes que só cansam o auditório. A lógica é reflexiva, capacita o orador a ler o rosto dos seus ouvintes, verificar inquietações no auditório como recado de que já basta. O que tinha de dizer já foi dito. A lógica e o bom senso ajudam a entender a hora de encerrar um discurso.
                                                                                Fonte: C. H. Spurgeon. Um Ministério ideal, 2005. 


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Os Atributos de Deus

A Onisciência de Deus
       Arthur W. Pink (livre tradução por Alcimar Dantas)

Deus é onisciente. Ele sabe tudo: tudo o que é possível, tudo o que é real,  todos os eventos e todas as criaturas, do passado, do presente e do futuro. Ele está perfeitamente familiarizado com cada detalhe na vida de todos os seres no céu, na terra e no inferno. "Ele conhece o que está em trevas" (Dan 2:22). Nada escapa à Sua atenção, nada pode ser escondido dEle, nada é esquecido por ele. Bem podemos dizer com o salmista: "Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é sobremodo elevado, não o posso atingir" (Salmo 139:6). Seu conhecimento é perfeito. Ele nunca erra e nunca muda. "E não há criatura que não seja manifesta na sua presença, mas todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar" (Hb 4:13). Sim, esse é o Deus com quem temos de tratar!
"Tu conheces o meu sentar e o meu levantar, tu entendes o meu pensamento de longe. Cercas o meu andar, e o meu deitar, e conheces todos os meus caminhos. Pois não há uma palavra na minha boca, eis que, Tu conheces completamente "(Salmo 139:2-4). Que Ser maravilhoso é o Deus da Bíblia! Cada um dos Seus gloriosos atributos deveria torná-lo honorável à nossa estima. A apreensão de Sua onisciência deveria nos curvar em adoração diante dEle. No entanto, quão pouco podemos meditar sobre esta perfeição divina! Será que é porque o próprio pensamento nos enche de inquietação?
Quão solene é este fato: nada pode ser escondido de Deus! "Porque eu sei as coisas que surgem em sua mente, cada uma delas" (Ez 11:05). Embora seja invisível para os outros, nem a escuridão da noite, nem as cortinas mais próximas, nem o calabouço mais profundo podem ocultar qualquer pensamento dos  olhos da sua onisciência. As árvores do jardim não puderam ocultar os nossos primeiros pais. Nenhum olho humano viu Caim assassinar seu irmão, mas o seu Criador testemunhou o crime. Sarah pode rir ironicamente no isolamento de sua tenda, mas ela foi ouvida pelo Senhor. Acã roubou uma cunha de ouro e cuidadosamente escondeu-o na terra, mas Deus trouxe à luz. David esforçou-se para encobrir sua maldade, mas não demorou muito e o Deus que tudo vê, enviou um dos seus servos para dizer-lhe: 'Tu és o homem! E para o escritor e o leitor  também disse “que o vosso pecado vos há de achar "(Números 32:23).
Os homens tirariam a sua divindade de Sua onisciência, se pudessem - o que é uma prova de que "a mente Carnal é inimiga de Deus" (Rm 8:07)! Os ímpios não tão naturalmente odeiam a perfeição divina tanto quanto são naturalmente compelidos a reconhecê-la. Eles desejam que não haja  nenhuma testemunha de seus pecados, e assim não haja nenhum Juiz dos seus feitos. Procuram banir Deus dos seus pensamentos: "Eles não consideram no seu coração que Deus se lembra de toda a sua maldade" (Oséias 7:02). Como é solene o Salmo 90:8! Boa razão existe para o pecador tremer diante de Deus: "puseste as nossas iniqüidades diante de ti, os nossos pecados ocultos à luz do teu rosto."
Mas, para o ama a Deus, o fato da onisciência de Deus é uma verdade cheia de muito conforto. Em tempos de perplexidade, ele diz com Jó: "Mas ele sabe o meu caminho" (Jó 23:10). Pode ser profundamente misterioso para mim, inteiramente incompreensível para os meus amigos, mas "Ele sabe"! Em tempos de fadiga e fraqueza assegurar-me de que: " conhece a nossa estrutura, Ele se lembra de que somos pó" (Salmo 103:14). Em tempos de dúvida e suspeita eles apelam para este atributo, dizendo: 'Sonda-me, Ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos e ver se há algum caminho mau em mim, e guia-me pelo caminho eterno "(Salmo 139:23-24). Em tempos de triste fracasso, quando nossas ações desmentem  nossos corações, quando nossos atos têm repudiado a nossa devoção, somos questionados  " amas-me? “, Dizemos, como Pedro:" Senhor, Tu sabes todas  as coisas, tu sabes que te amo "(Jo 21:17).

Aqui está o incentivo à oração. Não há motivo para temer que as petições do justo não serão ouvidas, ou que os seus suspiros e lágrimas escaparão ao aviso de Deus, pois Ele conhece os pensamentos e intenções do coração. Não há perigo de que aquele que ama a Deus seja esquecido em meio à multidão de suplicantes que diariamente apresentam suas diversas petições, para uma Mente infinita é tão capaz de prestar a mesma atenção aos milhões, como se apenas um indivíduo estivesse buscando a sua atenção. Assim também a falta de linguagem apropriada, a incapacidade de dar expressão ao anseio mais profundo da alma, não comprometerá as nossas orações, pois “...antes de clamarem, eu responderei; e estando eles ainda falando , eu os ouvirei "(Is 65:24).

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Subversivo

A arte de verter por baixo,  agir por insatisfação,  não se acomodar à paradigmas é comum à humanidade. É a busca pela liberdade por meio da transformação, quer seja de um sistema de governo, de um estilo de vida, de um estado intelectual, de relacionamentos ou qualquer outra situação que provoque escravidão e dependência.
A razão por que o homem não é totalmente livre não é a falta de protesto, de manifestação pública, de organização social ou de conquistas materiais como riquezas, ou benefícios sociais como hospitais, serviços públicos de qualidade, crescimento econômico, etc. Estas coisas são ótimas e necessárias e devemos lutar sim por elas. Mas, a principal causa da escravidão é ainda a espiritual. O estado de depravação a que ficou reduzido o homem depois de sua histórica queda no jardim do éden. Foi sobre este assunto que Jesus conversou com Nicodemos e lhe afirmou que "se alguém não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus."(Jo.3:3).
O estilo de reino de Deus é o mais apropriado para o ser humano. É o Reino que reúne em si mesmo , tudo o que todo homem precisa e almeja. Este reino é descrito por Jesus nas bem-aventuranças de Mateus 5. Implica em novo nascimento a partir da fé bíblica e do arrependimento sincero. Para ilustrar isso, basta olhar para as borboletas. Eram no início, lagartas feias, escravas do solo, com dificuldade de locomoção, indesejadas. Sofreram uma metamorfose e se transformaram em lindas borboletas, com liberdade de voar e atraentes pela beleza própria.


segunda-feira, 17 de junho de 2013

Lançamento do livro LIDERANDO A SI MESMO.

O Pr. Alcimar D Dias lançou oficialmente o seu livro "Liderando a si mesmo", neste Domingo, 16 de Junho de 2013 na IPB de Cruz das Armas, em João Pessoa PB.














domingo, 16 de junho de 2013

Liderando a si mesmo!

Liderando a si mesmo

A ideia deste título surgiu a partir da leitura de I Tm. 4:16 “Tem cuidado de ti mesmo e do teu ensino; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.” (JFA). O apóstolo Paulo estava orientando o seu discípulo Timóteo. A preocupação dele era com a pouca experiência de Timóteo e a necessidade que ele tinha de perseverar no projeto principal de sua vida.
Cuidar de si mesmo é liderar a si mesmo, influenciar a si mesmo, avaliar a si mesmo para um desempenho melhor das tarefas diárias, do cumprimento das obrigações, do exercício do trabalho, cuidar dos seus relacionamentos e daquilo que constituía o núcleo de sua fé pessoal, sempre pensando em glorificar o Criador de sua existência. Cuidar do seu ensino era  cuidar da doutrina que lhe foi transmitida através de outros mais experientes, sabendo de quem tinha recebido. Foi então, a partir deste versículo, que surgiu a ideia de escrever um livro com o título “Liderando a si mesmo”, pensando nas questões que atormentam o homem do presente século. Portanto, quão importante é este conselho de Paulo, pois quem não sabe cuidar nem de si mesmo, como vai cuidar dos outros?

Paulo mostra a Timóteo que existem condições para o sucesso do plano de Deus na vida dele. Condições como dedicação, ocupação, empenho e cuidado com as tarefas diárias, aplicação à leitura, revisão de conceitos, aprofundamento do conhecimento das verdades já adquiridas, etc. Com isto, o progresso de sua vida seria visto por todos e os frutos seriam colhidos no tempo apropriado. 
Alcimar Dantas Dias

quarta-feira, 27 de março de 2013


Getsêmani, Morte e Ressurreição de Cristo    (Mt.26:36 a 46; )

O lugar é um Jardim no sopé do monte das Oliveiras. Lugar apropriado para oração devido ao silêncio e tranquilidade. A circunstância é de agonia e muito sofrimento. Getsêmani marca um dos momentos mais decisivos na vida do Senhor Jesus. É o auge da luta entre sua vontade e a vontade do Pai.

Todos passam por momentos difíceis em suas vidas, momentos de sofrimento e agonia. Quando isso acontecer, o melhor a fazer é buscar um lugar solitário e silencioso para ficar a sós com o seu Deus e ter suas próprias experiências com Ele.

Jesus passou pela agonia interior mais intensa de sua vida. Ali rendeu sua própria vontade à vontade do Pai. Ali entregou-se completamente para executar o plano de Deus para sua vida. O próximo passo foi a Cruz. Jo. 12:24 “ Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto.”

O processo de mortificação de um grão de trigo nos ensina que a verdadeira vida está no mais interior da semente. As duas camadas de cascas externas precisam ser quebradas para que de dentro flua a vida nova que produz muito fruto. As camadas externas dos homens são suas máscaras, seus orgulhos, invejas, ódios, estados monstruosos da sua malignidade. Tudo isso deve ser quebrado para que lá de dentro possa fluir o novo homem, com nova visão da vida, cheio de amor, cheio de justiça, cheio de verdade, cheio do que é essencial para uma vida frutífera na terra. O sofrimento é um processo de quebramento das cascas externas, afim de que a vida essencial comece a fluir.

A ressurreição é o fim. Jesus ressuscitou! ( Lc.24:1 a 12). Seu sofrimento no Getsêmani e sua morte no Calvário lhe renderam muito fruto. Não que Ele precisasse disso, mas o resultado do seu trabalho beneficiou à humanidade toda. Ele ressuscitou para libertação eterna de todo aquele que entenda isso e creia no seu nome. Nisto reside a excelência da pessoa de Cristo: Ele não sofreu, não morreu e nem ressuscitou por causa de si mesmo, mas fez tudo isso para beneficiar incontável quantidade de pessoas em toda a terra.
ADD

 

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Inteligências Múltiplas



Na visão tradicional a inteligência é conceituada como a capacidade de responder a testes de inteligência (QI). Alguns testes realizados demonstram que a "faculdade geral da inteligência" não muda muito com a idade ou com treinamento ou experiência. A inteligência é um atributo ou uma faculdade inata do ser humano. No entanto, Howard Gardner procurou ampliar este conceito. A inteligência para ele é a capacidade de solucionar problemas ou elaborar produtos que são importantes em um determinado ambiente ou comunidade cultural. A capacidade de resolver problemas permite às pessoas abordar situações, atingir objetivos e localizar caminhos adequados a esse objetivo. 
Segundo as suas investigações, existem sete tipos de inteligência:
1. Inteligência Linguística: característica dos poetas;
2. Inteligência Lógico-Matemática: à Capacidade lógica e matemática ;
3. Inteligência Espacial: à capacidade de formar um mundo espacial e de ser capaz de manobrar e operar utilizando esse modelo (Marinheiros, Engenheiros, cirurgiões, etc.);
4. Inteligência Musical: possuir o dom da música;
5. Inteligência Corporal-Cinestésica: capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos utilizando o corpo (Dançarinos, Atletas, artistas, etc.);
6. Inteligência Interpessoal: capacidade de compreender outras pessoas (Vendedores, Políticos, Professores, etc.);
7. Inteligência Intrapessoal: capacidade correlativa, voltada para dentro. Capacidade de formar um modelo acurado e verídico de si mesmo e de utilizar esse modelo para operar efetivamente na vida.
         Acrescentamos aqui, mais uma inteligência citada pelo apóstolo Paulo:
“ Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual.”
         De acordo com  Matthew Henri Commentary of Colossians,os Colossenses eram conhecidos como cristãos inteligentes: cheios do conhecimento da vontade de Deus, em todos havia sabedoria e entendimento espiritual.
 Observa-se o seguinte:
1. O conhecimento de nosso dever é o maior ganho do conhecimento. A mera noção vazia de grandes verdades é insignificante. Nosso conhecimento da vontade de Deus deve ser sempre de ordem prática: é preciso saber o que, a fim de fazê-lo.
 2. Nosso conhecimento é bênção quando ele é usado com sabedoria, quando sabemos como aplicar nosso conhecimento em ocasiões próprias, e para atender a todas as emergências.
       A Inteligência Espiritual é a consciência de que bons conhecimentos teóricos não acrescentam muito se não houver uma utilidade prática. Nossa compreensão é, então, uma compreensão espiritual quando revelamos o nosso conhecimento na nossa maneira de viver: Isto é, Devemos mostrar coerência entre o que sabemos e o que fazemos.
 
 A.D.D.