quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Feliz 2011!!!!!!!!!!!

Ano Novo é sempre esse momento de emoção, de expectativa, de alegria e de esperança que enche o coração de todos. O Ano Velho que vai chegando ao fim, deixando para trás um amontoado de acontecimentos que jamais se repetirão. Mais um ano que vai ser arquivado na estante do passado, na sala das recordações, desaparecerá para sempre.


Pensar no Ano Novo é pensar no futuro, nos sonhos, nos desejos ainda não realizados, nos alvos e objetivos que todos têm. Olhar para o futuro é bom porque nos puxa para frente e nos desafia a continuar em busca do novo, embora é necessário contabilizar as vitórias alcançadas ao longo da vida com a sabedoria de preservar tudo que foi conquistado com muita luta e esforço.

Como disse o apóstolo Paulo aos Filipenses 3:13,14 “Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.”

Assim esteja o nosso coração na passagem de 2010 para 2011.

Alcimar Dantas

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Verdadeiro Sentido do Natal

 (Lc 1.26 a 38)


A época do Natal traz muitas lembranças do passado, do tempo de criança, dos presentes e das comemorações familiares. O Natal tornou-se uma festa popular ao redor do mundo, uma festa que se distanciou muito do seu verdadeiro sentido, pois tornou-se um estímulo ao consumo, à compra de presentes, pretexto para iluminações presunçosas e surgimento de personagens fictícios como o Papai Noel que tomou o lugar de Jesus na mente e no coração de muitos adultos e crianças.

Contudo, como igreja não podemos perder esta oportunidade para lembrar que Jesus nasceu sim e que seu nascimento é uma grande prova da divindade de Cristo, pois a Bíblia registra o fato de que Ele foi gerado pelo Espírito Santo. Jesus não foi mais uma criança que nasceu, mas foi sim o Deus homem que veio ao mundo para buscar e salvar o perdido. Embora não existe registro da data certa de seu nascimento, devemos celebrá-lo com alegria e gratidão a Deus que nos enviou seu Filho como dádiva e como único meio de salvação para todos os que crerem.

O momento também é de alegria, de comunhão, de felicidade porque em Jesus reside toda a esperança e a única esperança que resta para o futuro da humanidade. Reclamamos que há no mundo muita violência, muito assalto, muitos perigos, doenças, incertezas, etc. Mas tente imaginar o que seria o mundo se Jesus não tivesse nascido. Certamente já teria se transformado num caos.

O nascimento de Jesus deve ser celebrado sim e com muita gratidão, com muito louvor, visto que Jesus trouxe a salvação, a transformação de muitos, a possibilidade única de mudança para o pecador, para o cansado, para o doente, para todo aquele que crê nele de verdade. O mundo só não é pior porque Jesus nasceu e cumpriu a vontade de Deus. Nasceu e permanece com todos aqueles que o confessam como Senhor. A sua permanência conosco é a razão da nossa constante felicidade e a motivação para vivermos com alegria e em comunhão uns com os outros. Rev. Alcimar Dantas Dias

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

TRAZIDOS PELO PAI

Jo 6.43-45
Murmuração é o falatório maldoso, o rumor sem fundamento, a tentativa de denegrir a imagem de alguém. Os Judeus murmuravam contra Jesus em conseqüência da rejeição a Ele. Para os judeus Jesus era alguém que não sabia o que estava falando. Era um megalomaníaco, alguém com o complexo de grandeza que estava falando uma besteira ao dizer que desceu do céu.
Os judeus não viam em Jesus o seu lado divino e ficaram ofendidos porque Ele disse ter descido do céu. A murmuração foi resultado da incredulidade deles. A incredulidade e falta de reconhecimento da divindade de Cristo levou os judeus a murmurarem contra ele. Os judeus viam somente o Jesus humano e terreno de origem conhecida, filho de José e Maria. O materialismo e a visão terrena impede o homem de enxergar o lado espiritual da vida. Tais coisas levam os homens a murmurarem contra Deus. A murmuração é um reflexo de ingratidão e insatisfação com algo.
O Senhor Jesus os repreende para não murmurarem a respeito da sua identidade. Ele continua o seu discurso falando como filho de Deus, como aquele que desceu do céu e é divino. Continua falando com autoridade. Jesus mostra conhecimento das Sagradas Escrituras e se impõe como o Filho de Deus , falando abertamente e de forma muito clara para todos, sobre si mesmo e sobre a necessidade que os homens tem de crer nele e conhecê-lo, sendo isto uma condição sine qua non para apropriação da vida eterna.
No v. 44 o Senhor Jesus deixa claro que “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.” Fica claro e certo que se o Pai não trouxer o homem a Cristo, ele não poderá vir por si só. Conclui-se que quando vimos a Cristo para crer nele como enviado de Deus, devemos agradecer ao pai que nos trouxe, abriu nossos olhos e nos concedeu a graça de crer nele e o reconhecer como Senhor e Salvador.
Alcimar

terça-feira, 16 de novembro de 2010

A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO DISCÍPULO DE CRISTO


“E, achando-o no outro lado do mar, disseram-lhe: Rabi, quando chegaste aqui? Jesus respondeu-lhes, e disse: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes.” (Jo 6.25 a 27)
Cristo não responde à questão colocada, a qual sugere a idéia de que o mesmo chegou ao outro lado do mar através de mais um milagre. Mas, ao contrário, ele repreende a todos porque ainda não estavam familiarizados com a razão verdadeira e apropriada do que ele fez, e continuavam procurando a Cristo por causa dos milagres e não por causa do próprio Cristo. Estavam buscando a Cristo por causa da barriga e não por causa dos milagres. E se olhavam para os milagres, olhavam para os milagres apenas, mas não estavam interessados no autor dos milagres.
O Evangelista já nos dissera que eles eram animados pelos milagres para seguir a Cristo. Mas porque se utilizaram dos milagres para um propósito impróprio, passaram a ter maior atenção para a barriga do que para os milagres. Ou seja, eles não fizeram lucro da obra de Deus como deveriam ter feito, pois a maneira certa de lucrar, teria sido o reconhecimento de Cristo como o Messias de tal forma que pudessem se entregar a Ele e serem ensinados e governados por ele, e, sob sua orientação, aspirar ao reino celestial de Deus. Mas ao contrário, eles esperavam de Cristo apenas que tivessem um viver feliz e à vontade neste mundo, no presente. Estavam alheios ao poder principal de Cristo, e desconheciam a razão mais importante pela qual Cristo foi dado pelo Pai que era poder restaurar-lhes segundo a imagem de Deus, dando-lhes o seu Espírito Santo, e conduzi-los para a vida eterna pela sua justiça.
É de grande importância, pois, ver além dos milagres
de Cristo, pois quem fica satisfeito com as conveniências da vida presente e não aspira ao reino de Deus por completo, preocupando-se apenas em ter a barriga cheia, poderá ficar de fora do reino de Deus na eternidade.
Muitas pessoas nos dias  atuais,  aceitariam facilmente o Evangelho se não houvesse a amargura da cruz, e se não houvesse nehuma exigência de compromisso sério com Deus, mas apenas prazeres carnais, prosperidade e liberdade para cada um fazer o que bem entendesse. Infelizmente observa-se que muitos que fazem uma profissão de fé cristã, o fazem para que possam viver com mais alegria e com menos restrições. Alguns o fazem pela expectativa do lucro pessoal e da promoção, outros fazem por causa do medo de irem para o inferno, e outros ainda o fazem somente porque desejam agradar a familiares ou amigos. Todavia, os verdadeiros discípulos de Cristo professam sua fé em Cristo por causa do amor a Cristo e seguem a Cristo por causa do próprio Cristo, entendendo que o ponto principal da caminhada cristã é desprezar o mundo e buscar o Reino de Deus e a sua justiça.(Mt 6.33)
Além disso, é possível que muitos se convençam a si mesmos de que estão buscando a Cristo da melhor maneira quando não estão e assim subestimam o poder de Deus como se Ele não fosse Onisciente. Por causa disso Cristo diz “em verdade, em verdade” de forma repetida como um juramento seu de que pretende trazer à luz os vícios que se escondem por trás da hipocrisia.
(commentary on the gospel according to john by john Calvin) Traduzido pelo Rev. Alcimar Dantas

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

JESUS ANDANDO SOBRE AS ÁGUAS (Jo 6.16 a 21)

“Os outros evangelistas explicam a causa desse medo ter sido que eles pensavam que era uma aparição, (Mateus 14:26;. Marcos 6:49). Como escreveu C.S. Lewis sobre o numinoso:
“Os que não conhecem este termo podem entendê-lo mediante o seguinte artifício. Suponhamos que lhe dissessem que havia um tigre no cômodo ao lado: você saberia que estava em perigo e provavelmente sentiria medo. Mas se lhe dissessem que "há um fantasma no quarto ao lado" e você acreditasse, sentiria com certeza o que é geralmente chamado de medo, mas de um tipo diferente. Seu sentimento não teria como base a idéia de perigo, pois ninguém tem praticamente medo do que um fantasma pode fazer-lhe, mas o simples fato de tratar-se de um fantasma. Ele é "misterioso" em lugar de perigoso, e o tipo especial de medo que provoca pode ser chamado de pavor. Com o misterioso chegamos às fronteiras do numinoso. Suponhamos agora que lhe dissessem simplesmente: "Existe um espírito poderoso nesta sala" e você acreditasse. Seus sentimentos seriam então ainda menos parecidos com o mero receio do perigo: mas a perturbação seria profunda. Você ficaria espantado e gostaria de recuar - um sentimento de insuficiência para enfrentar tal visitante e de fraqueza diante dele - emoção essa que poderia ser traduzida nas palavras de Shakespeare: "Sob ele o meu gênio é reprovado". Este sentimento pode ser descrito como reverência, e o objeto que o desperta como o numinoso.” (C.S. Lewis, The Problem of Pain, 2 ed.1986 p. 5)

Ora, é impossível não ser tomado de consternação e terror, quando uma aparição se apresenta diante de nossos olhos; pensa-se logo que é ou assombração, ou algum mau presságio que Deus nos envia. Além disso, João apresenta aqui fora para nós, como em um espelho, que tipo de conhecimento de Cristo podemos obter de uma aparição sem a palavra, e que vantagem pode ser colhida a partir desse conhecimento. Pois se ele apresentar uma simples demonstração de sua divindade, imediatamente provoca a nossa imaginação, e cada um pode fazer um ídolo para si mesmo, ao bel-prazer da livre interpretação imaginária, o qual pode tomar o lugar de Cristo. Em conseqüência disso, vamos vaguear em nosso entendimento, poderemos ficar imersos no tremor e terror que confundem o nosso íntimo. Mas quando Jesus começa a falar, a sua voz clara gera sólido conhecimento, e depois também traz a alegria e a paz do amanhecer delicioso em nossas mentes.
Há um grande peso nestas palavras: “Sou eu: não vos assusteis.”(Mt 14:27) Aprendemos com isso que, estar na presença de Cristo e diante de sua palavra é a razão suficiente para termos confiança em abundância, de modo a ficarmos calmos e seguros. Mas isso pertence exclusivamente aos discípulos de Cristo; vamos ver depois que os homens ímpios foram derrubados pelas mesmas palavras: “Sou eu”, ( João 18:06). A razão da distinção é que ele é enviado como um juiz de réprobos e incrédulos para a sua destruição, e, portanto, não podem suportar a sua presença, sem serem imediatamente oprimidos. Mas os crentes, que sabem quem ele é, logo que ouvem a sua palavra, que é uma garantia segura para eles tanto do amor de Deus como da sua salvação, são encorajados, como se tivessem sidos levantados da morte à vida, com confiança para olhar o céu claro, habitar seguro na terra, e ser vitorioso sobre todas as calamidades, tendo Cristo como seu escudo contra todos os perigos desta vida. Jesus não só traz o conforto e ânimo pela sua palavra, mas realmente elimina também a causa do terror dissipando as tempestades.”

Rev. Alcimar Dantas Dias

Referências:
- John Calvin ,Commentary on the gospel according to john.
- C.S. Lewis, The Problem of Pain.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

31 de Outubro

31 de Outubro é a data do Aniversário da Reforma Protestante. Dois momentos históricos contribuíram para o surgimento do termo "Reforma Protestante".


O primeiro momento foi no dia 31 de outubro de 1517, num tempo de grande apostasia, quando Martinho Lutero, elaborou 95 teses contra a venda de indulgências (perdão de pecados) pela igreja da Idade Média

O segundo momento histórico se deu na Alemanha,em 19 de abril de 1529, quando a segunda dieta de Speyer, convocada pelo imperador Carlos V, revogou uma autorização concedida três anos antes para que cada príncipe determinasse a religião de seu próprio território. O termo foi logo adotado, de início pelos católicos e logo a seguir pelos próprios partidários da Reforma, pois seu protesto, entendido como uma rejeição à autoridade de Roma, constituiu um claro sinal às diversas igrejas que se declaravam reformadas. Surgiu assim o termo “Protestante”.

O protestantismo se espalhou pela Europa e foi na Escócia, graças aos esforços de John Knox, no século XVI, que contribuiu ativamente para a instauração do presbiterianismo.

O surgimento do presbiterianismo no Brasil resultou do trabalho missionário do americano Ashbel Green Simonton (1833-1867), que chegou ao Rio de Janeiro em 12 de agosto de 1859, aos 26 anos de idade. Em abril de 1860, Simonton dirigiu o seu primeiro culto em português; em janeiro de 1862 foi fundada a Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro. No breve período em que viveu no Brasil, Simonton, auxiliado por alguns colegas, fundou o primeiro jornal evangélico do país (Imprensa Evangélica, 1864), criou o primeiro presbitério (1865) e organizou um seminário (1867). O Rev. Simonton morreu vitimado pela febre amarela aos 34 anos, em 1867.

(Resumo histórico elaborado pelo Rev. Alcimar Dantas Dias)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Não andeis ansiosos.Mt 6:25

“O milagre da multiplicação dos pães tem em comum com todos os outros milagres de Cristo o fato de que Cristo é exibido em seu divino poder em união com a sua beneficência, e é também uma confirmação para nós do que ele nos exorta a buscar o Reino de Deus, prometendo que todas as outras coisas nos serão adicionadas, ( Mateus 6:33). Porque, se ele teve o cuidado daqueles que foram levados a ele apenas por um impulso súbito, quanto mais em se tratando daqueles que o buscam com um propósito firme e constante?

Na verdade, ele pode permitir que algumas vezes o seu próprio povo sofra por um pouco, mas nunca vai privá-los de seu auxílio, na hora certa, visando levar o seu povo a um grau de experiência e intimidade com Ele ainda mais elevado.

Além disso, Cristo mostrou claramente com este milagre, que ele se preocupa não somente com a vida espiritual das pessoas, mas que seu pai lhe deu autoridade também para nutrir o corpo. A abundância de todas as bênçãos está colocada em suas mãos, e por isso ele pode encaminhá-las para nós, visto ser Ele sim a fonte viva que flui do Pai eterno. Assim,o apóstolo Paulo ora para que todas as bênçãos nos venham de Deus Pai, e do Senhor Jesus Cristo, em comum, (1 Coríntios 1:3;) e, em outro trecho, ele mostra que em todas as coisas devemos dar graças a Deus, o Pai, através do nosso Senhor Jesus Cristo, (Efésios 5:20).”

(Commentary on the gospel according to john, by John Calvin, p201)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Comentário de Calvino sobre a multiplicação dos pães. (Jo 6. 1 a 13)

“Aqui vemos como ansioso era o desejo daquelas pessoas de ouvir a Cristo, pois todas elas, esquecendo-se delas mesmas, não demonstraram nenhuma preocupação em passar a noite em um lugar deserto, se necessário fosse. Estão todas ávidas por ouvir atentamente todas as palavras que saiam da boca do Senhor Jesus.

Tanto menos indesculpável é a nossa indiferença, ou melhor, a nossa preguiça, quando estamos tão longe de preferir a doutrina celeste ao gemido da fome física, que as menores interrupções imediatamente levam-nos para longe da meditação sobre o céu e a vida. Muito raramente acontece que Cristo nos encontra livre e desprendido dos embaraços do mundo. Raramente estamos prontos para segui-lo por um deserto, antes preferimos tê-lo em nossas casas em meio ao conforto. Não estamos interessados em sair dessa zona de conforto pessoal. Embora esta preguiça predomine em quase toda a totalidade da humanidade, é certo que nenhum homem estará apto para o reino de Deus até que, aparte-se das preocupações com este mundo e busque com intenso desejo o alimento da alma de forma muito fervorosa.

Mas, como a carne nos convida para atender suas conveniências, nós também devemos observar que Cristo, por vontade própria, cuida daqueles que, esquecendo-se de si mesmos , decidem segui-lo. Pois Jesus não espera até que sejam famintos e gritem que estão perecendo de fome sem nada para comer, mas ele fornece o alimento antes mesmo que lhe peçam isso.

Pode parecer que isso não aconteça sempre. Por vezes, pessoas piedosas, embora tenham sido inteiramente dedicadas ao reino de Deus, estão exaustas e quase desmaiando de fome. Se Cristo tem o prazer de experimentar a nossa fé e paciência dessa maneira, do céu ele contempla nossas necessidades, e tem o cuidado de nos socorrer, tanto quanto for necessário para nosso bem-estar, e quando a assistência não é concedida imediatamente, isso acontece por uma melhor razão, oculta de nós, mas sendo vista e observada pelo Senhor para realização dos seus propósitos.”

(Commentary on the gospel according to John, by John Calvin, pp 200 e 201, Traduzido pelo Rev. Alcimar Dantas Dias)

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Provérbios

Olá pessoal,
Abaixo estão alguns provérbios bíblicos que infelizmente sumiram da memória coletiva, talvez por causa da mudança da Tradições Discursivas dos dias atuais, como diz a Professora Beliza Áurea, ninguem quer mais ouvir conselhos ou ninguem tem mais tempo para um bate papo na calçada ou na praça.
Enfim, vejam estes provérbios e digam se não podem ser usados em muitos contextos atuais, como em trabalhos científicos, nos fóruns pelos advogados, na sala de aula pelos professores, em casa pelos membros da família,etc.
Embora eles estejam na Bíblia, é importante dizer que não são propriedade exclusiva de nenhuma religião em particular.

"Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos, e sê sábio.
Pois ela, não tendo chefe, nem guarda, nem dominador,
Prepara no verão o seu pão; na sega ajunta o seu mantimento. " Pv.6:6 a 8

"Estas seis coisas o SENHOR odeia, e a sétima a sua alma abomina:
Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente,
O coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal,
A testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos. " 6.16 a 19

"Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio ainda" 9.9

"As águas roubadas são doces, e o pão tomado às escondidas é agradável. " 9.17

"A bênção do SENHOR é que enriquece; e não traz consigo dores." 9.12

"O hipócrita com a boca destrói o seu próximo, mas os justos se libertam pelo conhecimento" 11.9

"O mexeriqueiro revela o segredo, mas o fiel de espírito o mantém em oculto." 11.13

" A ansiedade no coração deixa o homem abatido, mas uma boa palavra o alegra."12. 25

"Há caminhos que ao homem parecem direitos, mas o fim deles são os caminhos da morte." 14.12

"A língua dos sábios adorna a sabedoria, mas a boca dos tolos derrama a estultícia." 15.7

"Quando não há conselhos os planos se dispersam, mas havendo muitos conselheiros eles se firmam" 15.22

"As palavras suaves são favos de mel, doces para a alma, e saúde para os ossos." 16.24

"A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto." 18.21

"Ensina a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele" 22.6

"Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo." 25.11

"A sanguessuga tem duas filhas: Dá e Dá. Estas três coisas nunca se fartam; e com a quarta, nunca dizem: Basta! A sepultura; a madre estéril; a terra que não se farta de água; e o fogo; nunca dizem: Basta! " 30.15,16

"Há três coisas que tem passos elegantes, e quatro que passeiam airosamente;

O leão, o mais forte entre os animais, que não foge de nada;

O galo; o bode também; e o rei a quem não se pode resistir " 30.29 a 31

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A Fome de Deus (Jo 4.31 a 38)

No momento de uma refeição, quando os discípulos estão preocupados com que Jesus coma, Ele faz uma afirmativa e lhes deixa curiosos: “Uma comida tenho para comer que vós não conheceis.”  Que comida especial seria esta? Teria Jesus trazido alguma coisa para que comer sem que os discípulos soubessem? Uma comida nova e desconhecida dos seus discípulos. Jesus era especialista em despertar a curiosidade dos seus ouvintes.
"A falta do conhecimento sobre os processos de construção dos pensa­mentos, sobre o processo de interpretação e sobre os limites e o alcance de uma teoria pode conduzir os pesquisadores que procuram defender teses acadêmicas a fechar as janelas do pensamento."(Augusto Cury, Inteligência Multifocal, 2006, p 38)
Jesus revela através do seu comportamento e sua técnica do discurso, a capacidade de abrir janelas no pensamento dos seus ouvintes e levá-los a pensar em algo que está mais além ou mais profundo.

Então Jesus lhes revelou: ‘A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra.”


Fazer a vontade de Deus para Jesus era como se alimentar. Enquanto o alimento fortalece o organismo, fazer a vontade de Deus fortalece o espírito e realiza o homem. Fazendo a vontade de Deus Jesus sentia-se, entre outras coisas:


1.Fortalecido. Conhecer e praticar a vontade de Deus deixava Jesus forte. Ele tinha profunda necessidade de comer esta comida . Era o que sustentava e justificava a sua existência na Terra, o compromisso com a realização da vontade do Pai. E Ele sabia a que tinha vindo ao mundo. Sabia que iria enfrentar a morte. Sabia que seria rejeitado pelos homens. Sabia do seu sofrimento pela humanidade. Contudo, sabia que sua vida só teria sentido se vivesse para o inteiro agrado do pai.


2. Encorajado. A prática diária da vontade de Deus lhe dava coragem para continuar vivendo e a sua vida era era em função de fazer a vontade do Pai. Com este propósito na mente e no coração, Ele sentia- se encorajado para enfrentar os momentos difíceis como o seu sofrimento e a morte na cruz.


3. Satisfeito. Comendo a comida da obediência ao Pai, Jesus encontrava satisfação no mais íntimo do seu ser. A maior satisfação do ser humano é quando ele pratica a vontade de Deus.
A satisfação do íntimo não vem da satisfação carnal, pois a satisfação carnal é passageira e por vezes, muito cara. A satisfação interior além de ser grátis, ela é duradoura.
 4.Descansado. A sensação de cumprimento da vontade do Pai dava a Jesus o descanso, o conforto e a tranqüilidade para viver. Novamente há de se falar aqui sobre o descanso da alma, descanso como uma sensação interior que independe de qualquer circunstância externa.


Jesus não podia viver sem fazer a vontade de Deus. Igualmente todos aquels que foram chamados para fazer a vontade de Deus . Somente assim poderão ser fortalecidos, encorajados, satisfeitos e descansados. Isso pode parecer um caminho contrário ao curso normal dos caminos propostos pelo mundo, e o é. A escala de valores do Reino de Deus é inversa à escala de valores do mundo. "Se o grão de trigo, caindo na terra não morrer, fica ele só; mas se morrer, produz muito fruto."Jo 12.24


Rev. Alcimar D. Dias

sábado, 18 de setembro de 2010

Provérbios

Desde tenra idade, comecei a ter contato com os Provérbios de Salomão e isso despertou em mim, o interesse pela grande alusão à Sabedoria que é feita no referido livro.

Propomo-nos, neste trabalho, a analisar os provérbios de Salomão dentro do contexto da teorização da sabedoria e do conhecimento, na perspectiva das Tradições Discursivas, sabendo que a Língua está relacionada com o texto e com as práticas sociais. Pretendemos assim, fazer uma análise dos enunciados encontrados nos escritos salomônicos, investigando contribuições teóricas que podem surgir na trajetória da Tradição Retórica para a Tradição discursiva, considerando o que escreveu Michel Foucault :

“um enunciado é sempre um acontecimento que nem a língua nem o sentido podem esgotar inteiramente. Trata-se de um acontecimento estranho, por certo: inicialmente porque está ligado, de um lado, a um gesto de escrita ou à articulação de uma palavra, mas, por outro lado, abre para si mesmo uma existência remanescente no campo de uma memória, ou na materialidade dos manuscritos, dos livros e de qualquer forma de registro;” (Michel Foucault, 2008, p.31)

Salomão por certo, teria a mesma impressão sobre um enunciado quando afirmou em Pv. 18:4 “Águas profundas são as palavras da boca do homem, e a fonte da sabedoria, ribeiros transbordantes.” Considerando “enunciado” como sendo um conjunto de idéias que, em contexto, dão sentido ao discurso, percebemos que Salomão e Foucault concordam com a complexidade e profundidade das palavras ditas ou escritas com sabedoria as quais não podem ser esgotadas nem pela língua nem pelo sentido. Não podem ser esgotadas porque são como águas profundas, com muitas coisas para serem observadas e analisadas.

Aurélio Buarque de Holanda Ferreira em seu Novo Dicionário da Língua Portuguesa, apresenta a seguinte definição para provérbio [Do lat. proverbiu] s.m. : “Máxima ou sentença de caráter prático e popular, comum a todo um grupo social, expressa em forma sucinta e geralmente rica em imagens; adágio, ditado, anexim, refrão, rifão...”

Provérbios enquanto forma nova de falar e escrever surgiu a partir da consideração de que períodos longos, e argumentos inverossímeis, deveriam ser trabalhados e transformados em pequenas sentenças para serem melhor entendidos e memorizados uma vez que rapidamente apreendidos, tornavam-se facilmente retidos.

Mashal, que é o termo hebraico usado para provérbio, vem de uma palavra que significa determinar ou ter domínio, por causa do poder que os ditados sábios exercem sobre os homens; “Dominatur concionibus” , expressão latina que significa (determina o seu auditório). Grande quantidade de máximas e preceitos - sentenças proverbiais foram atribuídas aos Sete Sábios da Grécia. Algumas eram tão famosas que foram inscritas no templo de Apolo em Delfos. Importante lembrar que os sete homens sábios da Grécia estavam ligados com a administração pública. Os provérbios eram assim usados por aqueles que geralmente exerciam domínio. Um ditado velho poderia ir muito longe na formação de suas noções e na fixação de suas resoluções. Muito da sabedoria dos antigos foi transmitida à posteridade por provérbios e há quem pense que podemos julgar o temperamento e caráter de uma nação pela aparência de seus provérbios populares.

Os provérbios de Salomão foram vistos e recebidos pelo povo judaico não apenas como uma coleção dos ditados sábios que anteriormente lhe tinham sido transmitidos, como alguns imaginaram, mas como os ditames de Deus revelados de forma inédita. O primeiro deles (Pv 1. 7) “O temor do SENHOR é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” concorda com o que Deus disse ao homem no começo. “Vejam, o medo do Senhor, isto é, a reverência ao Senhor, o respeito a Ele, a consideração de sua divindade e Suficiência em amor é o princípio da sabedoria;” (livre tradução). A sabedoria aqui falada significa a arte de colocar em prática o conhecimento adquirido. Sabedoria também revelada no domínio lingüístico, na arte de falar de forma apropriada e na hora certa. Sabedoria que Salomão teve de se utilizar do gênero literário proverbial para tornar popular os valores éticos e morais da sua tradição religiosa.

Embora Salomão fosse grande, e o seu nome bem conhecido, ele era sábio para reconhecer a existência de um maior do que ele e que estava acima de tudo e de todos, que era o Deus de seus pais. E, quando Salomão fala ao seu filho ,( Pv 1: 10) “Filho meu, se os pecadores procuram te atrair com agrados, não aceites.” a exortação é direcionada a todos os seus descendentes, como à crianças aprendizes na escola da Vida. Percebe-se assim, a trajetória das vozes nas Tradições Discursivas que estão latentes em todas as manifestações discursivas do ser humano e que aqui vem formar o objeto na nossa investigação no contexto dos Provérbios Salomônicos.
Pr. Alcimar

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Cuidado com o sono!

Os pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, fizeram uma
experiência e concluíram que ficar estudando à noite e dormir pouco faz com que o cérebro
guarde pouco conhecimento. As pesquisas foram conduzidas pelo Dr. Robert Stickgold.
Confirmando a história anterior, a emoção tranqüila abre as janelas da memória.
Alguns estudam muito, mas aprendem pouco. Uma das causas é porque dormem mal.
O sono ruim dificulta a concentração, que dificulta o registro na memória, que dificulta o
aprendizado. Toda pessoa é inteligente. Depende de como ela é estimulada.
Durma bem, aquiete o pensamento e estude descansado. Veja os resultados.

domingo, 5 de setembro de 2010

Sobre as eleições 2010

Para não ser omisso com relação às eleições de 2010, resolvi postar o vídeo abaixo que me foi enviado por email. Creio que esse é um momento muito sério e devemos ver e ouvir tudo e reter o que for bom e útil para orientação do nosso voto.
Salmo 33:12 "Feliz a Naçào cujo Deus é o Senhor."
Clique no link abaixo e veja o vídeo com os alertas importantes!
http://www.youtube.com/watch?v=ILwU5GhY9MI

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Descrição de uma tortura

Relato das dores de Jesus feito por um grande estudioso francês, o médico cirurgião Doutor Barbet dando a possibilidade de compreender realmente as dores de Jesus durante a sua paixão.


“Sou um cirurgião, e dou aulas há algum tempo. Por treze anos vivi em companhia de cadáveres e durante a minha carreira estudei anatomia a fundo. Posso, portanto escrever sem presunção a respeito de uma morte como a de Jesus. “ Barbet

E, no Getsemani, "E posto em agonia, orava mais intensamente; e o seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue, que caíam sobre o chão". (Lucas 22:44). Notem que o único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas. E o faz com a precisão de um clínico.

O suar sangue, ou hematidrose é um fenômeno raríssimo. É produzido em condições excepcionais. Para provocá-lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo. O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus.

Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra.

Conhecemos a farsa do processo preparado pelo Sinédrio hebraico, o envio de Jesus a Pilatos (Lucas 23:1) e o desempate entre o procurador romano e Herodes. Mesmo não vendo culpa em Cristo (João 19:4; Lucas 23:4, Lucas 23:14, Lucas 23:15 e Lucas 23:20) Pilatos cede, e então ordena a flagelação de Jesus. Os soldados despojam Jesus e o prendem pelo pulso a uma coluna do pátio. (Lucas 23:16; João 19:1).

A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos. Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferente estatura. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças se esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue.

Depois o escárnio da coroação. Com longos espinhos, mais duros que os de acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo). (João 19:3; Mateus 27:29). Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, o entrega para ser crucificado. (Lucas 23:24-25; João 19:16).

Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da cruz; pesa uns cinqüenta quilos. A estaca vertical já está plantada sobre o Calvário. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheias de pedregulhos. Os soldados o puxam com as cordas. O percurso é de cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, freqüentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando ele cai por terra, a viga escapa-lhe, escorrega, e esfola-lhe o dorso. Sobre o Calvário tem início a crucificação.

Os carrascos despojam o condenado (João 19:23-24), mas a sua túnica está colada nas chagas e tirá-la produz dor atroz. Quem já tirou uma atadura de gaze de uma grande ferida percebe do que se trata. Cada fio de tecido adere à carne viva: ao levarem a túnica, dilaceram-se as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas. Os carrascos dão um puxão violento. Há um risco de toda aquela dor provocar uma síncope, mas ainda não é o fim. O sangue começa a escorrer.

Jesus é deitado de costas, as suas chagas incrustam-se de pedregulhos. Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os carrascos tomam as medidas. Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos. Os carrascos pegam um prego (longo, pontudo e quadrado), apóiam-no sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. O nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor alucinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se pelos ombros, atingindo o cérebro. A dor mais insuportável que um homem pode provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos provoca uma síncope e faz perder a consciência. Em Jesus não. O nervo é destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego: quando o corpo for suspenso na cruz, o nervo se esticará fortemente como uma corda de violino esticada sobre a cravelha. A cada solavanco, a cada movimento, vibrará despertando dores dilacerantes. Um suplício que durará três horas.

O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé; conseqüentemente fazendo-o tombar para trás, O encostam na estaca vertical. Depois rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical. Os ombros da vítima esfregam dolorosamente sobre a madeira áspera. As pontas cortantes da grande coroa de espinhos penetram o crânio. A cabeça de Jesus inclina-se para frente, uma vez que o diâmetro da coroa o impede de apoiar-se na madeira. Cada vez que o Mártir levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudas de dor.

Pregam-lhe os pés. Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. Seu corpo é uma máscara de sangue. A boca está semi-aberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, queima-lhe, mas ele não pode engolir. Tem sede. Um soldado estende-lhe sobre a ponta de uma vara uma esponja embebida com vinagre (bebida ácida), em uso entre os militares. Tudo aquilo é uma tortura atroz. “E logo um deles, correndo, tomou uma esponja, e embebeu-a em vinagre, e, pondo-a numa cana, dava-lhe de beber". (Mateus 27:48; Marcos 15:36); Lucas 23:36; João 19:28-29).

Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços enrijecem-se em uma contração que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos curvam-se. E como acontece a alguém ferido de tétano. A isto que os médicos chamam tetania, quando os sintomas se generalizam: os músculos do abdômen enrijecem-se em ondas imóveis. Em seguida, aqueles entre as costelas, os do pescoço, e os respiratórios. A respiração se faz pouco a pouco mais curta. O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e enfim em cianótico.

Jesus é envolvido pela asfixia. Os pulmões cheios de ar não podem mais se esvaziar. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita. Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre-humano, Jesus toma um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforça-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração torna-se mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial.

Por que este esforço? Porque Jesus quer falar: "Jesus, porém, dizia: Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem...". (Lucas 23:34). Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça. Foram transmitidas sete frases pronunciadas por ele na cruz: cada vez que quer falar, deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés. Inimaginável! Atraídas pelo sangue que ainda escorre e pelo coagulado, enxames de moscas zunem ao redor do seu corpo, mas ele não pode enxotá-las. Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura diminui. Logo serão três da tarde, depois de uma tortura que dura três horas. (Lucas 23:44; Mateus 27:45; Marcos 15:33). Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos arrancam-lhe um lamento: "E, à hora nona, bradou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lamá, sabactani? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste"? (Marcos 15:34; Mateus 27:46). Jesus grita: Tudo está consumado! "Jesus, clamando com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou. (Lucas 23:46).

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Enigmas, sonhos e revelações

Não é de hoje o interesse dos homens por mistérios, enigmas e suas decodificações. Desde os tempos antigos, pessoas são atormentadas com sonhos e visões, enigmas de difícil interpretação como aconteceu com o Rei Nabucodonosor, da Babilônia, o qual teve um sonho que o deixou atormentado sem saber a verdadeira significação. Este relato está no livro de Daniel capítulo 2.

Desconfiado que estava dos sábios de sua época, Nabucodonosor decidiu aumentar o grau de dificuldade da interpretação do seu sonho. O rei não queria dos sábios apenas a interpretação, queria também o relato de como foi o sonho. O Rei estava disposto a dar prêmios e grandes honras a quem lhe revelasse tanto o sonho quanto a interpretação. Todavia,segundo os sábios, “não havia mortal sobre a terra que pudesse revelar o que o rei exigia, pois jamais houvera rei que poderoso que fosse, tivesse exigido semelhante coisa de algum mago, encantador ou caldeu.” Dn 2.10. Esta resposta dos sábios tornou o Rei irado e furioso e o levou a decidir que todos os sábios de babilônia fossem mortos.

Daniel que era homem de oração e fiel ao seu Deus, sabiamente pediu ao Rei um prazo para que lhe fosse dada a resposta. Terminado o prazo, Daniel falou na presença do Rei que o que estava sendo exigido, nenhum encantador, nem mago, nem astrólogo poderia revelar ao Rei, mas “há um Deus nos céus, o qual revela os mistérios, pois fez saber ao Rei Nabucodonosor o que há de ser nos últimos dias. O teu sonho e as visões de tua cabeça, quando estavas no teu leito são estas:” Dn 2.29 a 46. O Rei se inclinou e se prostrou em reconhecimento de que Daniel havia recebido a revelação correta da parte de Deus e reconheceu que o Deus de Daniel é o Deus dos deuses e o Senhor dos Reis, o revelador de mistérios.

Também não é de hoje a comprovação de falsos videntes. No Jornal Hoje da Rede Globo, edição de 18 de Agosto de 2010, foi mostrada a notícia de que somente agora, passado um ano, a Polícia começa a desvendar um crime que deixou Brasília assustada. Foi o assassinato de um ex-ministro do Superior Tribunal Eleitoral que junto com sua esposa e a empregada foram mortos com mais de 70 facadas. Somente agora a filha do casal foi presa por suspeita de ser a responsável pelo crime. A demora das investigações deu-se por conta de uma falsa vidente ter se apresentado no início do caso, com falsa revelação sobre o local onde estavam as chaves do apartamento onde ocorrera o crime. A Polícia está descobrindo que a tal vidente foi paga pela filha do ex-ministro para desviar as investigações com falsas revelações.

Em que mundo nós estamos? Aonde vamos chegar? O certo é que nunca vimos o mal vencer o bem e nunca vimos as trevas invadir a luz. Sempre acontece o inverso: a luz sempre prevalece sobre as trevas. O Bem sempre venceu o mal. Ao Deus de Daniel, que é o mesmo ontem, hoje e sempre sejam dadas honras, glórias e louvor por toda a eternidade!
Pr. Alcimar D. Dias

domingo, 15 de agosto de 2010

Meditação

Para sair da superfície e penetrar na profundidade semântica das Sagradas Escrituras é necessário ler e reler o texto escolhido. Aqui estão algumas dicas para quem quer ir um pouco mais além :
1. Observe. Separe o texto desejado e faça observações atentas e cuidadosas. Em espírito de oração e na dependência do Espírito Santo, mantenha os olhos no texto, dê uma olhada no contexto, separe as palavras mais expressivas, tente descobrir qualquer a mesnagem central do referido texto.
2.Faça a análise semântica do texto , ou seja, busque a ánálise do significado de cada palavra e das frases. Sempre é bom ter um dicionário à mão. Anote tudo no seu caderno de meditação. Se possível, faça um levantamento do campo semântico das palavras principais.
3. Faça a Intertextualidade, ou seja, compare o texto escolhido com outros textos bíblicos que tratam do mesmo assunto em outros livros da Bíblia. Faça comparações entre os textos. Anote tudo que achar interessante. Faça uma paráfrase do texto, ou seja, reescreva os versículos com suas próprias palavras sem omitir nem acrescentar nada ao sentido.
4. Aplique o resultado de suas anotações na sua própria vida com perguntas do tipo: O que isso tem a ver com a minha vida? Como posso praticar isso? Tenho eu feito isso? etc.
Estes quatro pontos podem ajudar você a compreender melhor as sagradas Escrituras e extrair lições inéditas para você e outros com quem pode compartilhar.
Deus nos dê um frutífero dia!
Pr Alcimar Dantas

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O Novo Nascimento


O QUE ACONTECE com a PESSOA que NASCE DE NOVO?

1.De acordo com Romanos 8. 1 a 39, a pessoa que passa pelo novo nascimento recebe o “Espírito de Vida” v.2 em Cristo Jesus. Significa que a referida pessoa estava morta, sem graça, vivendo uma vida medíocre, uma vida de tristeza e tédio, de desilusão, etc. Com o novo nascimento essa pessoa é vivificada, experimenta o novo nascimento em Cristo e a partir daí a sua vida interior muda. O novo nascimento traz mudanças boas para a sua vida. A pessoa nascida de novo começa a experimentar uma alegria diferente, um gozo no coração e um prazer na alma.

2. Uma segunda coisa que acontece com quem nasce de novo é a sensação de libertação. É como se um peso tivesse saído de suas costas. Uma sensação de alívio. Tudo aquilo que pesava é retirado e jogado fora. As cadeias do pecado, do inferno e da morte são quebradas e isso proporciona a liberdade espiritual em Cristo Jesus.

3. Outra coisa que acontece é a mudança de direção em sua vida. Conforme Rm. 8.14, o Espírito de Deus começa a guiar os filhos de Deus. A presença do Espírito Santo na vida dos novos convertidos é tão certa como indispensável. O Espírito inicia o novo viver, a nova fase de vida onde Ele agora é quem guia o novo convertido pelo caminho da sua santa vontade, através da voz interior que lhe fala sempre qual o caminho a seguir e quais as decisões a serem tomadas.

4.Também acontece a mudança no relacionamento com Deus, pois agora o novo convertido sente- se filho na medida em que o próprio Espírito Santo confirma no seu interior a sua condição de filho de Deus, v16. Filhos com todos os direitos de um filho legítimo por causa da adoção que inclui a posição de herdeiro de Deus.

5. O Espírito que é concedido a cada novo filho de Deus passa a habitar em suas vidas com a função de prestar-lhe assistência em suas fraquezas, com intercessões constantes. A assistência do Espírito é fundamental para seu fortalecimento e perseverança nos caminhos do Senhor.O Espírito Santo vai começar a produzir o seu fruto no novo convertido e este processo vai se tornando em evidências do novo nascimento, na medida em que vão revelando a mudança de natureza do novo homem.

6. A sensação de aceitação também é uma evidência do novo nascimento somada ao conforto do cuidado que Deus tem pelo seu novo filho, não somente no futuro, mas também a sua preocupação com o seu presente. Isto está explícito no v.31 e 32 quando afirma que “Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio filho, antes por todos nós o entregou, porventura não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?”.

7. Some-se a isso tudo, a certeza de que essa nova aliança com Deus é para sempre. Nada poderá separar o novo convertido do amor de Deus, vv38 e 39. Isto faz com que o homem que está em Cristo, que nasceu de novo pela obra regeneradora do Espírito Santo seja de fato, um vencedor(v.37).



Tudo isso que acontece na vida do novo convertido é o desfeche do plano Pré estabelecido de Deus para a vida dos que Ele conheceu de antemão e os predestinou para serem conformes a imagem do seu Filho Jesus os quais foram chamados pela voz do Evangelho pregado e que resultou na justificação dos mesmos e que serão finalmente glorificados quando da ressurreição dos seus corpos(v.29).

Estas são algumas importantes evidências do verdadeiro novo nascimento.

Pr. Alcimar Dantas Dias

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A Reclamação de Deus


Malaquias 1.6 a 14


A Reclamação de Deus com respeito a má qualidade dos cultos oferecidos a Ele pelo seu povo é a temática desse texto.Deus acusa a falta de honra ao seu nome , a falta de temor e o desprezo para com a sua pessoa , seguidos de leviandade e ironia dos sacerdotes.O que tornava o altar de Deus despresível e consequentemente provocava a rejeição do povo diante do Senhor.

Teria o povo coragem de oferecer a um Governador terreno tais sacrifícios? Quanto zelo e cuidado existe quando se vai oferecer um presente a uma autoridade terrena! Todavia, para com Deus o povo estava relaxado e desmotivado.

A oferta reflete a pessoa do ofertante. Rejeitar a oferta era rejeitar o ofertante. Só restava para o povo suplicar ao Senhor o seu perdão e o seu favor. Buscar de Deus a sua graça e o seu poder que vem operar no interior do povo a devida mudança de intenção e de atitude.

Na pespectiva de aceitação e de aprovação, o povo precisaria meditar na grandeza de Deus e na importância do seu nome em todas as nações. O Deus que é o Criador de todas as coisas, que tem atributos divinos como a Onisciência, Onipotência e a Onipresença. Nesses termos, Ele deveria ser satisfeito, pois era merecedor de tal reconhecimento. A preocupação principal de um adorador deveria ser a satisfação de Deus. A satisfação de Deus provoca nos seus adoradores o reflexo da mesma e torna a sinceridade e a verdade do culto em gozo profundo em quem o adora.

Junte-se a isso a necessidade de melhorar a qualidade das ofertas. “Pois seja maldito o enganador que, tendo macho no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor o que tem mácula; porque eu sou grande Rei, diz o SENHOR dos Exércitos, o meu nome é temível entre os gentios.” V14. Como a oferta revela a pessoa do ofertante, seria necessário expressar nela toda a boa intenção e o bom caráter. Seria necessário trazer ao altar de Deus o melhor louvor, o melhor serviço, a melhor oração, etc. O ofertante deveria dar a Deus o seu melhor e isso com muita motivação e alegria seguidos de uma sincera gratidão a Ele.

Tudo isso deveria ser acompanhado de um clamor pelo favor divino e pela sua abundante graça. Ou seja, o povo deveria reconhecer a sua total dependência de Deus e confessar a sua inteira incapacidade de realizar qualquer coisa que não fosse somente pela misericordiosa ajuda do próprio Deus.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

O Amor

                              Como não diria Camões...
...A chama do amor não arde sem se ver;
É a cura da ferida agora ausente;
É um sentimento mui contente;
É a própria essência do ser;

É mais que o bem desejar, é fazer;
É com os outros  andar por entre a gente;
É nunca desprezar o diferente;
É acordar sorrindo a cada amanhecer;

É viver livre de verdade;
É servir ao próximo com muito fervor;
É ter com quem dividir, cumplicidade.

Mas como negar pode o seu esplendor
No rosto de quem encontrou de verdade,
A eficácia e a pureza do Amor?
                                (Alcimar Dantas Dias)                                       

AINDA que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
 O amor nunca falha.
                                           ( Paulo aos Coríntios 13: 1 a 8)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Um chamado à santidade


João 2:13 a 22 Jesus purifica o templo.

Esse texto narra sobre a ida de Jesus ao templo, mostra o que Ele encontrou lá, a sua reação diante do que encontrou e as profundas lições do Mestre sobre o seu zelo pela casa do Pai. A noção do corpo como santuário de Deus, a destruição e a reconstrução de um novo santuário e a urgente necessidade de uma volta às origens da verdadeira adoração.

Nesse texto Jesus exorta a todos a terem zelo pela Igreja e a expulsarem de dentro dela tudo aquilo não condiz com a ética do reino e a santidade de Deus. Jesus chama a casa à ordem e provoca em todos, uma séria reflexão sobre santidade, sobre o que deve estar dentro do templo e o que deve ser expulso dele. Jesus aponta o erro e motiva o seu povo a caminhar em direção ao que é certo e honesto. Jesus deixa claro que o seu ministério é de purificação e reconstrução.

Percebe-se na reação de Jesus ao expulsar os cambistas do templo, o seu profundo e sincero zelo pelo templo. Jesus encontrou lá, intenções contrárias ao que o Pai desejaria. Pensamentos impuros, desejos carnais, malícias, interesses pessoais e exploração pública da fé dos menos favorecidos. O desvio de propósito levou Jesus a santa indignação. O templo que fora construído para a verdadeira adoração a Deus, como lugar de arrependimento e oferecimento de sacrifícios em prol do perdão, da comunhão sincera com o Pai, lugar que foi escolhido pelo próprio Deus como sua habitação e de onde emanava a Sua palavra, agora entregue aos ambiciosos cambistas e carnais sacerdotes que tiravam proveito em tudo e só pensavam em si mesmos.

Somos levados em pensar em nossa vida como um templo que pertence ao Senhor. Somos levados a desejar uma vida pura e conscientemente consagrada a adoração ao Senhor. Cabe-nos buscar em Cristo a purificação dos nossos pecados e a graça que nos fortalece a viver de forma agradável ao Pai.

Rev. Alcimar Dantas Dias

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Analfabetismo Ideológico

Em Março de 2006, uma edição da influente revista britânica “The Economist” publicou um artigo sobre a situação da leitura no Brasil e vejam um pedacinho do artigo: “Muitos brasileiros não sabem ler. Em 2000, um quarto da população com 15 anos ou mais eram analfabetos funcionais. Muitos simplesmente não querem. Apenas um adulto alfabetizado em cada três lê livros. O brasileiro médio lê 1,8 livros não-acadêmicos por ano –menos da metade do que se lê nos EUA ou na Europa. Em uma pesquisa recente sobre hábitos de leitura, os brasileiros ficaram em 27º em um ranking de 30 países, gastando 5,2 horas por semana com um livro. Os argentinos, vizinhos, ficaram em 18º.”

A falta de leitura no Brasil faz com que a televisão seja um dos mais influentes meios de comunicação e um dos mais poderosos meios de formação ideológica em nosso país.

Tratando-se especificamente das novelas brasileiras e mais precisamente as novelas veiculadas pela Rede Globo, tornaram-se para aqueles que tem um certo grau de leitura, não somente insuportáveis como repetitivas em seus apelos à um estilo de vida leviano, imoral e antiético. Trata-se de uma verdadeira máquina de destruição das famílias.

A televisão no Brasil exerce muito maior influência do que nos países desenvolvidos. Nos países onde as pessoas gastam mais tempo com a leitura, a televisão é apenas mais um meio de comunicação, enquanto que aqui no Brasil, a televisão é o centro das atenções da maioria. Os brasileiros se mostram assim como preguiçosos intelectualmente e com isso surge o chamado curral eleitoral, falta de coragem para reivindicações junto aos governos e acomodação diante dos problemas sociais.

Junte-se a isso o crescimento desenfreado da violência urbana, do aumento gigantesco dos consumidores de drogas e da multiplicação da corrupção em todos os setores dos poderes.

Nesse momento em que se inicia o processo eleitoral em nosso país, desejaria tão somente sugerir a todos que pensassem melhor sobre o futuro da nossa Pátria. Como seria bom se investigássemos melhor a origem e as intenções dos candidatos em geral. Gastar tempo lendo, pesquisando, estudando sobre este assunto e certamente gastar tempo em oração por este país já tão sofrido, poderá ser o caminho em direção ao desenvolvimento eficaz.

Alcimar Dantas Dias

terça-feira, 13 de julho de 2010

A Sincera Gratidão

(Lc.17:11 a 19)

Todos gostam de ser abençoados. Todos gostam de receber curas, ver milagres, serem aprovados em concursos, conseguirem bons empregos, etc. Todavia, nem todos gostam de agradecer pelas bênçãos recebidas. Nem todos se lembram de voltar e atribuir a Deus o mérito das conquistas alcançadas.

É o que a Bíblia relata em Lucas 17: 11 a 19, dez leprosos foram a Cristo pedir a cura. Jesus atendeu aos dez, porém, “Um dos dez, vendo que fora curado, voltou, dando glória a Deus em alta voz, e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe; e este era samaritano.”vv15,16.

O tema desta passagem bíblica é Gratidão a Deus. Numa análise rápida observamos que o leproso percebeu que fora curado, sentiu-se profundamente abençoado, o seu coração encheu-se de uma sincera gratidão e lembrou-se de quem havia lhe abençoado, voltando a Cristo para se colocar aos seus pés e dar glória a Deus em alta voz. Esta atitude deixou o Senhor Jesus ainda mais satisfeito com ele, mesmo sendo ele um samaritano.

Como Deus se agrada da nossa atitude de gratidão! O Senhor Jesus tem prazer em abençoar o seu povo, mas tem igual prazer em receber a gratidão do seu povo. O culto de ação de graças é, portanto, esse momento em que reconhecemos que tudo que recebemos vem do Senhor e somente Ele é digno de receber nossa gratidão e a glória. É o momento que ficamos aos pés de Cristo, com o rosto em terra e dizendo: ao Senhor Jesus toda a glória!

Rev. Alcimar Dantas Dias

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Decisões que podem mudar o resto da nossa vida

“E, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus.
E os dois discípulos ouviram-no dizer isto, e seguiram a Jesus.”(Jo.1:36,37)

Dois discípulos de João Batista resolveram seguir a Jesus. O que poderia ter levado aqueles discípulos a tomar esta decisão? Creio que foi o poder da pregação de João Batista a respeito de Jesus. João afirmara que Jesus é o cordeiro de Deus e essa mensagem influenciou os dois discípulos a seguir a Cristo.Acreditamos que o poder da pregação da palavra de Deus encoraja os homens a crer em Deus e segui-lo.Sendo assim, aqueles dois discípulos tomaram uma decisão que mudou o resto de suas vidas.

O que significou aquela decisão? O significado de seguir a Jesus é muito forte e profundo. É mais do que ser apenas um religioso ou freqüentador de igreja. Seguir a Jesus é andar no mesmo caminho com Jesus, andar lado a lado, ter comunhão, na condição de servo de Jesus. Seguir a Jesus é ir por onde Ele for, fazer o que Ele ordenar. Seguir a Jesus é uma entrega incondicional da vida ao controle do senhorio de Cristo para sempre.

Seguir a Jesus é uma decisão que muda o resto da nossa vida porque nos coloca na condição de filhos de Deus em plena comunhão com Ele. A comunhão com Deus é a coisa mais importante que o homem precisa para viver feliz. Quando resolvemos seguir a Jesus entramos por um caminho sem volta porque Ele nos sustenta nas mãos e nunca mais nos solta. Além disso, o caminho embora estreito, nos proporciona tanto conforto, tanta paz, tanta alegria e realização interior que nem mesmo desejamos desistir. Dificuldades podem surgir, obstáculos podem aparecer, porém o prazer que sentimos em caminhar com Jesus é tão grande que é impossível abandoná-lo.

Alcimar Dantas

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Denzel Washington é muito mais do que apenas um superstar, ganhador de Oscar. Ele é um cristão que leva a sério o seu papel … mesmo que isto signifique um pouco de sangue, como em seu novo filme: Book of Eli.

Denzel Washington é um dos mais bem sucedidos e respeitados atores de Hollywood. Mas o vencedor de duas estatuetas do Oscar (em 1989 e 2001 de Glória de Dia de Treinamento) é também um dos mais atuantes cristãos de Hollywood.

Filho de um pastor pentecostal de Mount Vernon, Nova York, Denzel, aos 55 anos, há mais de 30, tem participado ativamente da igreja West Angeles Church of God in Christ, lê sua Bíblia todas as manhãs, e sempre escolhe papéis em que pode “passar” uma mensagem positiva ou o reflexo de sua profunda fé pessoal.
A fé está em todo lugar no novo filme pós-apocaliptico de Denzel: The Book of Eli, que estreou sexta-feira e está sendo promovido com outdoors com os trocadilhos “B-ELI-EVE” (Acredite) e “D-ELI-VER US.” (Salve-nos). No filme, Denzel assume o papel de um viajante misterioso que tem um facão como arma, chamado Eli, dirigido por Deus para proteger a última cópia da Bíblia existente na Terra – isso mesmo, a Bíblia – e levá-la para o ocidente, para protegê-la de bandidos que procuram usá-la como uma “arma” de controle.

O personagem de Denzel no filme utiliza a violência intensamente – esquartejando os bandidos em cada esquina -, mas que começa a se sensibilizar quando conhece uma garota inocente (Mila Kunis), que o lembra que podemos ficar tão presos em proteger a Palavra de Deus que, por vezes esquecemos-nos de vivenciá-la.

Para Denzel, “vivenciá-la” é essencialmente caracterizado pelo amor e sacrifício. A mensagem final de Eli, diz ele, é “faça mais pelos outros do que você faria para si mesmo”. Esta uma mensagem que Denzel sempre ouviu desde criança.

“Oramos a respeito de tudo, todos os dias”, disse Denzel a membros da mídia religiosa na semana passada, em Los Angeles. “E sempre terminamos com ‘Amém. Deus é amor’. Eu imaginava que ‘Deus é amor’ era apenas uma expressão. Levei muito tempo para aprender o que realmente significava. Eu não me importo com o livro que você lê ou no que você acredita, se você não tiver amor, se você não amar o seu próximo, então você não tem nada”.

Embora Denzel não seja um grande fã da palavra “religião”, e se abstenha de qualquer posicionamento do tipo “Eu estou certo, você está errado”, ele não se envergonha de falar, sem rodeios, sobre sua fé cristã.

“Eu creio que Jesus é o Filho de Deus”, diz ele. “Eu fui batizado no Espírito Santo. Eu sei que isso é real. Eu estava numa sala. Meu rosto ‘explodiu’, chorei como um bebê, e aquilo quase me ‘matou de susto’. Um tipo de medo que chacoalhou minha vida. Vou ser honesto com você, levantei-me e segui na direção oposta daquela que deveria. Eu não sabia o que estava acontecendo. Foi muito forte. Levei muitos anos para dar meia-volta”.

Recentemente, sentado em sua casa lendo a Bíblia (esta é a terceira vez que ele está lendo-a do início ao fim), Denzel se deparou com uma passagem sobre a sabedoria e entendimento em Provérbios 4, que o fez refletir sobre sua vida.

“Estou nesta enorme casa cheia de todas essas coisas”, observou. “Eu ouvi a Bíblia me dizendo: ‘Você nunca vê um caminhão de mudanças atrás de um carro funerário. Você não pode levar todas essas coisas consigo. Os egípcios tentaram, mas foram roubado. Eu disse: ‘O que você quer, Denzel?’ E uma das palavras da devocional daquele dia era sabedoria. Então comecei a orar ‘Deus, me dê uma porção daquilo’. Eu já consegui todo o sucesso possível na minha carreira. Mas eu posso ficar melhor. Eu posso aprender a amar mais. Eu posso aprender a ser mais compreensivo. Eu posso ganhar mais sabedoria”.

Assim como seu personagem em The Book of Eli, Denzel acredita na vocação profética e, por isso, tenta aproveitar ao máximo do trabalho que ele acredita ter sido lhe dado pelo próprio Deus: no seu caso, a fama mundial e uma das carreiras cinematográficas mais profícuas de sua geração. Denzel se lembra de uma história de quando ele tinha 20 anos, que demonstra como ele relaciona intimamente a sua fé com sua carreira.

Naquele verão, Washington era um equipante em um acampamento da YMCA (Associação Cristã de Moços) em Connecticut. Os equipantes faziam esquetes para os acampantes, e alguém sugeriu a Denzel que ele tinha um talento natural para aquilo e deveria prosseguir atuando. Naquele outono, Denzel voltou a estudar no campus da Universidade Fordham, de Lincoln Center, onde iniciou sua formação em teatro. “Anos mais tarde”, lembra-se Denzel”, perguntei ao meu pastor, se ele achava que eu tinha um chamado para ser pregador, e ele disse: ‘Bem, você não está falando para milhões de pessoas? Você não viajou o mundo?”

“Eu tentei direcionar meus papéis”, diz ele, “mesmo nos piores papéis como em Dia de Treinamento. A primeira coisa que eu escrevi no meu script (de Dia de Treinamento) foi ‘o salário do pecado é a morte’. No roteiro original, você descobria que meu personagem havia morrido pela televisão. E eu disse, ‘Não, não. Para que eu pudesse justificar que ele havia vivido da pior maneira possível, ele teria de morrer da pior maneira, também. Eu fui arrancado do carro pelo Ethan [Hawke], rastejei como uma cobra… O bairro inteiro virou suas costas para mim e então eu fui feito em pedaços”.

Foi mais fácil “direcionar” o personagem de Eli em uma direção positiva, “quer dizer, quase fácil”, brinca Denzel, porque “esse cara é mais violento que o personagem de Dia de Treinamento. Ele é mais violento do que Malcolm X”.

No entanto, da mesma forma que o personagem de Denzel em Chamas da Vingança, a violência de Eli é usada como forma de proteger os inocentes.

“Quando eu fiz Dia de Treinamento”, diz ele, “havia um policial que disse que a Bíblia afirmava existirem aqueles cujo encargo é proteger os inocentes, e que para isso lhe é dado o direito de ser violento. Aquele policial disse: ‘Baseado nisso é que eu e meu parceiro vivemos. Isso é o que fazemos’. Talvez ele precisasse daquele versículo para justificar o que estava fazendo”.

Embora ele tenha encenado personagens violentos em filmes como Dia de Treinamento, American Gangster e, agora, Eli, Denzel é, na vida real, um homem de família calmo e gentil. Casado com Pauletta por mais de 26 anos e pai de quatro filhos, John David, Katia e os gêmeos Malcom e Olivia-Washington, Denzel está longe do estereótipo do ator de Hollywood.

Além de seu envolvimento com a igreja (ele doou US$ 2,5 milhões em 1995 para o West Angeles COGIC para construírem uma nova instalação), Denzel – que sempre inclui em seus autógrafos um “Deus te abençoe” – é um colaborador, há muito tempo, do Boys & Girls Clubs of America (que ele participou quando crianaça), entre outras caridades.

Denzel, que está indo para à Broadway, nesta primavera, para aparecer junto com Viola Davis na peça Fences, de August Wilson, sabe que ele tem sido abençoado com muito, mas rapidamente minimiza sua fama e sucesso dizendo que são apenas um presente de Deus.

“Não é sobre mim”, disse Denzel em uma entrevista de 2007 na revista Reader’s Digest. “Recebi certas habilidades, e olho para elas da seguinte forma: o que vou fazer com o que tenho? Quem é que vai ser engrandecido com isso?” Perto do final de Eli, o personagem de Denzel cita a famosa passagem de 2 Timóteo 4:7: “Combati o bom combate … guardei a fé”.

É uma linha condizente com o próprio Denzel. Ele é um superstar de Hollywood que, embora não seja perfeito, oferece um raro exemplo de um cristão em um lugar de extrema aclamação e sucesso e que não deixou isso subir à sua cabeça, em vez disso continua fundamentando sua vida na Bíblia e na confiança em Deus.

Em seus mais de 30 anos como ator, Denzel Washington tem lutado o bom combate e feito o que muitos não conseguiram. Ele manteve a fé.


Fonte: Christianity Today

Tradução livre de Whaner Endo

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Um homem grande


“A benevolência faz um homem verdadeiramente grande. É mais bendito dar que receber. E é muito mais cristão estudar e procurar ser útil a outros, do que levantar a admiração e buscar a estima para si mesmo. O homem benevolente tem uma alma grande, copiosa e o fruto da sua benevolência edificará a igreja.”(Matthew Henry)


Se queremos pensar em um homem benevolente pensemos em João Batista que disse: “É necessário que ele (Jesus) cresça e que eu diminua.”Jo.3.30. João batista estava muito mais centrado na glorificação do Senhor Jesus do que preocupado consigo mesmo. João sabia exatamente o porquê de sua vinda ao mundo. Seu ministério consistiu em preparar o caminho para o Senhor. João batista foi grande por reconhecer a grandeza de Jesus e se satisfez em diminuir para que Jesus crescesse e fosse visto por todos.

Gl 5:22 “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.” Benignidade e benevolência são palavras sinônimas. Trata-se de uma parte do fruto do Espírito, ou seja, é algo produzido pelo Espírito Santo no homem. É algo contrário ao egoísmo, contrário ao exagerado amor próprio. O homem benevolente é um homem abnegado o qual prefere a honra dos outros e não está preocupado em direcionar os holofotes para si mesmo, senão para Cristo.
“SABE, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. “IITm 3: 1 a 5 Nunca houve um tempo tão carente de homens benevolentes como nos dias atuais. Peçamos ao Senhor que gere em nós a benevolência para dizermos como disse João: “Importa que Jesus cresça e que eu diminua.”


Rev. Alcimar Dantas

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O louvor é uma arma! (2Cron. 20. 15)

O que fazer quando somos impactados por notícias repentinas e desagradáveis? Será que estamos preparados para reagir diante de notícias assim tão negativas e que provocam em nós agitação e medo?

Foi o que aconteceu com o Rei Josafá , registrado no segundo livro de II Crônicas 20. Ele tomou conhecimento que os filhos de Moabe e os filhos de Amon estavam vindo contra o povo de Deus.

Depois de ser consultado com pedido de socorro, o Senhor respondeu dizendo coisas muito importantes:

1.“Essa peleja não é vossa, mas de Deus.” A melhor coisa na vida é trocar as nossas pelejas pela peleja de Deus. Quando nos envolvemos na peleja de Deus a vitória é certa.

2.“Nesta batalha não tereis que pelejar; postai-vos, ficai parados, e vede a salvação do SENHOR para convosco, ó Judá e Jerusalém.” Quando estamos engajados na peleja de Deus não precisamos fazer muita coisa. O agir é de Deus.

3. “Crede no SENHOR vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas, e prosperareis...” IICron. 20.20

Deus instruiu Josafá a organizar um coral e colocá-lo na frente do Exército. “E, quando começaram a cantar e a dar louvores, o SENHOR pôs emboscadas contra os filhos de Amom e de Moabe e os das montanhas de Seir, que vieram contra Judá, e foram desbaratados.” IICron.20.22

A peleja foi ganha somente com louvores. O louvor é uma arma de vitória que incomoda o inferno, mas agrada os ouvidos do nosso Deus!

Rev. Alcimar Dantas Dias

terça-feira, 25 de maio de 2010

A arte de ver-se a si mesmo


Ainda analisando Isaías 6, agora olhando para o versículo 5, encontramos o profeta Isaías impactado com a visão da glória de Deus e portanto, decepcionado consigo mesmo. Ele diz está perdido por ter contemplado a santidade do Senhor uma vez que percebe que é um homem de lábios impuros e habita no meio de um povo de impuros lábios. Os seus olhos viram o Rei , o Senhor dos Exércitos e agora os seus olhos vêem a sim mesmo, um pecador que precisa de perdão.

O apóstolo Paulo também falou algo semelhante quando escreveu em Rm.7:24 “Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?” Isso aconteceu depois que Paulo descobriu que dentro dele havia a lei do pecado que o empurrava diariamente para uma vida pecaminosa. Paulo tomou consciência de que era um escravo do pecado e não conseguia fazer o bem que desejava , mas sempre acabava fazendo o mal que detestava. Depois de passar pela experiência de novo nascimento, teve sua vida transformada e agora chegava a conclusão de que somente Jesus Cristo poderia salvá-lo desse conflito interno entre o bem e o mal. Paulo descobriu que “ ...o que fora impossível à Lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado.” Rm.8:3.

Na primeira carta do apóstolo João, cap 1, VV 8 e 9 está escrito: “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.” Temos aqui a solução para o pecado. Ë extremamente necessário o reconhecimento de que o mesmo habita no interior do homem para atormentá-lo. Mas é também necessário reconhecer que somente com a confissão dos mesmos perante Deus é que se pode receber o perdão em Cristo e a purificação de toda a injustiça.

 Rev. Alcimar Dantas Dias

sexta-feira, 21 de maio de 2010

O Encontro com Deus

No livro de Isaías 6: 1 a 8 está registrado o encontro do profeta com o Senhor. Foi um encontro que marcou a vida do profeta. Foi um encontro que mudou a sua trajetória de vida e que solidificou a sua convicção sobre o que era a vontade de Deus para o resto da sua vida. Foi um encontro esclarecedor e necessário para fazer o profeta Isaías se dedicar exclusivamente àquilo que Deus já tinha determinado para a sua existência.

Neste encontro com Deus, Isaías viu e ouviu coisas muitíssimo importantes. Isaías viu o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono. Esta visão refere-se a Soberania de Deus. É a visão do Deus que reina soberanamente assentado no seu trono eterno. Isaías viu o Deus que a Bíblia toda nos revela. O Deus pessoal que tem toda a autoridade no céu e na terra. Trata-se do Senhor que tem uma vontade e que trabalha continuamente pela realização de sua própria vontade. Diríamos que a motivação principal da existência de Deus é a realização do beneplácito da sua vontade para sempre.

No momento desta visão, Isaías saiu da centralidade egoísta de si mesmo para compreender a centralidade da existência de tudo no ser de Deus. Isaías deixou o seu mundinho particular para contemplar o universo incomparavelmente maior e mais importante do reino absoluto e eterno do Senhor.

Como escritor detalhista, Isaías observa o comportamento dos Serafins perante o Senhor. Observa que eles têm seis asas e com essas asas os serafins cobrem os rostos, cobrem os pés e voam.

Cobrir os rostos tem a ver com reverência diante da glória do Senhor. Pode também nos falar sobre o interesse dos Serafins por não serem vistos. Eles estão tão satisfeitos com a glória de Deus que não se preocupam com a exposição do próprio rosto. Além de se portarem com muita reverência diante da majestade de Deus, os serafins escondem o rosto para que somente a glória de Deus seja vista.

Cobrir os pés nos lembra Ef.6:15 “calçai os pés com a preparação do Evangelho da paz.” Lembra-nos a vida de testemunho santo, uma santidade prática no andar do cristão.

Com as outras duas asas os Serafins voavam numa demonstração de serviço ao Senhor. Isso me faz pensar sobre a santidade no serviço a Deus. Os serafins estão inteiramente dedicados a Deus com reverência e respeito pela sua Glória, com os pés guardados em santidade e em serviço santo que é feito em incondicional obediência.

Que tipo de encontro temos tido hoje com o Senhor? Temos nós contemplado a Sua Soberania? Podemos nós afirmar que também temos visto o Senhor assentado num alto e sublime trono ou continuamos vivendo voltados para dentro, com a visão egoísta e mesquinha de um mundinho limitado? Devemos pensar sobre que reverência temos tido para com o Senhor. A visão da soberania gera temor a Deus. A visão do seu trono nos leva a uma vida de santidade e consagração refletida no esconder do rosto para que somente Ele seja visto, esconder os pés numa vida de testemunho e ainda consagração séria do nosso fazer para Deus. Seja lá o que viermos a fazer para o Senhor, devemos fazer em santidade e fazer da melhor maneira possível pois Ele é soberano e majestoso.

Precisamos estar continuamente contemplando a visão do Senhor assentado no seu mais alto e sublime trono.

Rev. Alcimar Dantas Dias