sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Atuação do Espírito Santo na mente humana

O Rev. Hermisten Maia, em seu artigo  "A Plenitude do Espírito Santo" faz um excelente comentário sobre o texto de Efésios 5:18 comparando o ser cheio do Espírito de Deus com o ser cheio de bebida alcólica. Entre outras coisas ele faz uma citação de Erroll Hulse nos seguintes termos:
“O Espírito Santo opera diferentemente. Não exige uma mente vazia; ao contrário, enche e controla a mente. Traz ordem e profundidade ao conhecimento, às afeições e às emoções. (...) O álcool é destruidor dos sentidos, mas o Espírito Santo é construtivo.”[xxviii] “O enchimento do Espírito Santo leva ao aprimoramento e alargamento dos poderes do intelecto e ao discernimento, à melhoria da memória, eficiência na execução do trabalho, ao aquecimento das afeições, ao aumento do zelo, e ao aumento geral do fruto do Espírito, descrito em Gálatas 5.22.”[xxix]
Destaca-se ai a ligação entre o Espírito Santo e o aprimoramento e alargamento dos poderes do intelecto, do discernimento, da melhoria da memória, da eficiência na execução do trabalho, aquecimento das afeições, aumento do zelo e maior produção do fruto do Espírito.
É normal encontarmos hoje, pessoas com problema de memória, esquecimento, o intelecto estéril, falta de percepção das coisas essenciais, mau desempenho de suas funções em qualquer área profissional, baixo rendimento, afeições enrijecidas e nenhuma produtividade espiritual.
Como resolver estes problemas?
1. Volta à leitura bíblica. O conteúdo bíblico é a revelação do pensamento de Deus através de uma linguagem humana. É um livro diferenciado dos outros por ser capaz de transmitir vida aos seus leitores. Os livros em geral, transmitem conhecimento, mas a Bíblia transmite vida, vigor, energia, cura para a lama, salvação, esperança, etc.
2. Prática diária da oração no modelo ensinado por Jesus- a oração do Pai nosso. É uma oração que traz em suas entrelinhas, princípios teológicos poderosos para transformar a nossa mentalidade. Esta oração é centrada na soberania de Deus, na busca pela sua vontade, na santificação do nome de Deus, na provisão do sustento diário, na transformação dos nossos corações egocêntricos, pois se busca um estio de vida que perdoa, que enxerga o outro e que dá força e capacidade para ajudar o próximo.
3.Mudança de hábitos. Alguém já disse que se você planta sempre a mesma coisa, não esperar resultados diferentes. Se você deseja colher frutos diferentes, precisa urgentemente começar a variar o que vem plantando. A prática dos princípios bíblicos é a unica maneira de experienciar que isso funciona mesmo. É preciso jogar fora os hábitos carnais, a màgoa, o orgulho, a preguiça, a murmuração, o mal-humor, o desgosto pela vida etc. Ter olhos para o novo, acreditar que Deus existe e é Fiel, insistir, perseverar, viver cada dia de uma vez, sorrir, agradecer, tudo isso acontece como resultado na vida daquelesque estão plenos do Espírito Santo.
Rev. Alcimar Dantas



terça-feira, 4 de outubro de 2011

A Língua

Para Ferdinand Saussure a língua é um sistema de valores e para compreender isso melhor, é bastante pensar nos dois elementos que possibilitam o funcionamente da mesma: as idéias e as imagens acústicas ( os sons). São estes elementos que desmancham o estado caótico do pensamento, pois sem a língua  o pensamento não passa de uma massa sem forma e vazia.
A Língua é um sistema de signos e sem ela, seríamos incapazes de distinguir uma idéiaa de outra idéia de forma clara e constante. Idéias distintas só podem ser estabelecidas no pensamento pela instrumentalidade da língua.
Usando a Língua o homem constrói  o seu discurso escolhendo as palavras que lhe forem apropriadas e combinações adequadas para expressar o seu pensamento de forma autêntica e original.
Leia mais sobre isso no "Curso de Linguística Geral" de Ferdinand Saussure.

Alcimar Dantas Dias


terça-feira, 16 de agosto de 2011

A Linguagem e o Pensamento



Chomsky trata em seu livro “A Linguagem e o Pensamento”p.21 e 22 sobre a importância dos escritos do médico espanhol Juan Huarte que publicou no final do séc XVI um estudo amplamente traduzido, sobre a natureza da inteligência humana, no qual são distinguidos três níveis:
1. O nível mais baixo foi chamado de “Inteligência Dócil” que consiste da manifestação do pensamento através dos sentidos.
2. O nível normal é o nível que vai além da limitação empirista, capaz de engendrar em si, por seu próprio poder, princípios sobre os quais repousa o conhecimento. Os espíritos humanos normais são capazes de, por si mesmos, produzirem milhares de conceitos de que nunca ouviram falar. São capazes de inventar e dizer coisas que nunca ouviram de outros. Neste caso, a Inteligência humana consegue adquirir conhecimento por seus próprios recursos internos, fazendo uso dos sentidos e construindo um sistema cognoscitivo em termos de conceitos e princípios independentes; e é capaz de expressar esse conhecimento por meios que transcendem qualquer exercício ou experiência.
3. O nível mais avançado, postulado por Huarte, é uma espécie de inteligência que, sem arte ou estudo, alguns dizem coisas tão sutis e surpreendentes, verdadeiras e nunca ouvidas antes por boca de algum mestre. Segundo Huarte, trata-se da verdadeira criatividade. É o exercício da imaginação criadora que excedem a inteligência normal e pode, segundo seu julgamento, envolver uma mistura de loucura.
Para Huarte, a distinção entre a Inteligência dócil e a normal é o que separa o homem dos animais. Huarte descobriu que a palavra inteligência vem da mesma raiz latina de outras palavras que significam engendrar ou gerar. A natureza do pensamento então, distingue entre dois poderes existentes no homem, um que é comum aos animais e às plantas e outro que é participante da substância espiritual.
Alcimar Dantas Dias

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A Velha Escrita

Como já desconfiava, agora fiquei mais certo de que o ato de escrever usando o lápis e papel faz bem à saúde .

Li recentemente, na Revista Veja, edição 2227, de 27 de Julho último, excelente reportagem sobre a importância da escrita cursiva (aquela em que as letras são ligadas umas nas outras). Recentemente, uma decisão tomada no estado America de Indiana, desobrigou as escolas de ensinar a escrita cursiva, recomendando que elas passagem a dedicar-se à digitação em teclados de computador. Decisão esta que deverá ser seguida pelo resto dos estados americanos. Ou seja, cada vez mais tem se tornado oficial tal prática pelo mundo inteiro.

O especialista americano Mark Warschauer, professor da Universidade da Califórnia, afirmou que “ter destreza no computador tornou-se um bem infinitamente mais valioso do que produzir uma boa letra.” Embora isto pareça ser o senso comum, recentes pesquisas na área da neurociência sugere uma reflexão acerca dos efeitos devastadores do computador sobre a tradição da escrita em papel.

A observação de cérebros de crianças e adultos tem mostrado claramente que a escrita de próprio punho provoca uma atividade significativamente mais intensa que a digitalização na região dedicada ao processamento das informações armazenadas na memória, o que tem ligação direta com a elaboração e expressão de idéias. Está provado que o ato de escrever desencadeia ligações entre os neurônios naquela parte do cérebro que faz o reconhecimento visual das palavras, contribuindo assim assim para a fluidez da leitura. A neurocientista Elvira Sousa Lima explica que “pelas habilidades que requer, o exercício da escrita manual é mais sofisticado, por isso põe o cérebro para trabalhar com mais vigor.”


É importante lembrar que no Brasil, a caligrafia era importante matéria exigida nos exames de admissão no antigo Ginásio, até os anos 70. Depois disto, começou a haver uma decadência em caligrafia, problema este que tomou mais força com o advento do computador.

Eis um grande problema para as escolas da atualidade. Embora tenha sido relevante para a educação o uso do computador, não se pode desprestigiar a prática da escrita de próprio punho.

Alcimar D Dias

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Cristo é o caminho, a verdade e a vida

João 14. 1 a 6

Jesus é a única estrada que leva o homem ao Pai. Ele mesmo afirmou que “Ninguém vem ao Pai a não ser por mim.” Ele é o começo do retorno ao lar original que foi perdido por causa do pecado. Se qualquer pessoa sentir o desejo de voltar ao estado de felicidade celestial e quiser retornar a Deus para ter comunhão com ele, deve entrar pelo Caminho chamado Jesus e segui-lo. Pv 14.12 “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim deles são os caminhos de morte.” Jesus é o caminho que tem como fim a VIDA.

Como verdade, ele é o guia do nosso caminho. Há a verdade e a vida no caminho. A verdade são as veredas do caminho, são como os trilhos que conduzem o trem para o destino certo. É a verdade dos ensinos de Cristo que foram transmitidos aos primeiros apóstolos e passados para os novos discípulos até chegar a nós hoje. Quem está no caminho precisa ser discipulado a cada dia, alimentar-se da genuína Palavra de Deus. Como Verdade Jesus é quem liberta o homem de suas mazelas e defeitos. É a Verdade que liberta dos vícios e pecados. Quanto mais conhecemos a Palavra de Cristo, mas livres nos tornamos para andar no Caminho com alegria e Vida.

Jesus é a Vida em abundância. É o prazer existencial que foi perdido por causa do pecado. Existe alegria genuina para quem está neste caminho. Não apenas gargalhadas , mas sim o verdadeiro gozo do coração. A vida eterna já começa a operar no coração dos seguidores de Cristo imediatamente à sua entrada no Caminho.

Em que caminho você tem andado? Que verdade norteia a sua Vida? Que tipo de vida você pode dizer que tem? Está você satisfeito com o estilo de vida que vem levando? Que fim você espera para a sua vida? Caminhos de morte ou caminhos de Vida? Ainda há tempo para refletir e mudar de Caminho. Este é o tempo de Deus para sua vida ser mudada e tomar outro rumo. Se você está cansado, sem suportar mais a pressão e deseja uma mudança, chegou o momento. Entregue sua vida a Jesus, arrependa-se de todos os pecados e erros já cometidos e comece a seguir pelo caminho de Jesus. É a única maneira de ver sua vida mudada, ainda que com lágrimas, mas com o consolo de Deus e o total apoio do Senhor. Será a nova vida que você tanto sonhou.

Rev. Alcimar Dantas Dias

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Não se turbe o vosso coração (Jo 14.1)



Jesus viu que os corações dos seus discípulos estavam turbados, tumultuados, em desordem, confusos e sem sossego. Por isso, lhes deu a ordem para não deixarem os corações confusos. Toda essa turbulência de coração era devido à dúvida que queria se instalar em seus corações.

Jesus também lhes mostrou de forma clara e simples o que fazer para afastar a turbulência e desassossego da alma: “Credes em Deus, crede também em mim.” Eles já criam em Deus, precisavam crer em Jesus também. Ainda estavam com dificuldade de associar Jesus a Deus, de ver Jesus como Deus. Queriam ver o Pai, queriam saber o caminho, queriam provas. Mas Jesus apenas lhes disse que “quem me vê a mim vê o Pai” Jo.14.9.

A turbulência de coração acompanha a vida de todos os homens em todos os tempos. Hoje , ela vem dos apertos financeiros, vem das dívidas, do medo das doenças, do medo da violência, dos problemas conjugais, da preocupação exagerada com o futuro dos filhos e provoca ansiedade existencial. Tudo isso tira a paz do coração e provoca distúrbios emocionais, ou estado de sofrimento, angústia contínua que tem como propósito afastar ainda mais o homem de Deus, levá-lo a buscar alívio através do consumo de drogas, práticas pecaminosas, anormalidades no apetite, etc.

Como evitar isso? Crer em Deus e crer também em Jesus Cristo seu Filho. Confiar de forma especial em Deus. Está seguro de sua fé e confiança no Senhor, através do conhecimento de sua Palavra , através da concordância com Sua Palavra e de uma vida pautada nas Escrituras Sagradas.

A fë que normaliza o coração do homem e lhe devolve a paz está diretamente associada a um relacionamento pessoal com Jesus Cristo na base do conhecimento de suas palavras, na base da confissão e aceitação de que só Ele é o Senhor e Salvador dos homens. Esta é a fé que salva e também gera o arrependimento dos pecados e proporciona o novo nascimento. É a fé que transforma o homem em uma nova criatura e gera paz no coração.


sexta-feira, 20 de maio de 2011

Principal Característica do Verdadeiro Discípulo de Cristo



“Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.” Jo 13.34,35

Nos últimos momentos com os seus discípulos, Jesus discursou para eles de forma muita clara sobre o que está para acontecer e aproveitou para lhes dar um NOVO mandamento. No entanto, mesmo num clima de muita sinceridade e linguagem fácil, ainda se via como os discípulos eram tardos de coração para compreender as palavras do Senhor. O apóstolo Pedro não aceitou os dizeres de Cristo e insistiu que pelo seu Senhor daria a própria vida (Jo.13.37). O Senhor lhe adiantou que isso não aconteceria pois Pedro iria negá-lo naquela mesma noite (Jo.13.38). Eles eram tardos de coração para entender as palavras de Cristo e para aceitá-las. Por que tanta resistência para aceitar a palavra de Deus como ela é?

Mas, em meio aquele contexto de revelação do traidor, rejeição por parte de Pedro, o Senhor não se distrai do seu alvo e lhes dá o NOVO mandamento com consiste nisso: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.” Vamos considerar três fortes argumentos porque deve este mandamento ser obedecido:

1. Trata-se de uma ordem do Rei Jesus. O amor é a característica principal do reino de Deus. É um dos maiores atributos de Deus. Foi em amor que Ele predestinou sua igreja (Ef 1.5,6). “Este é o seu mandamento: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o seu mandamento”(I Jo 3:23).

É o comando do nosso Senhor, que tem toda autoridade sobre nós, é o comando de nosso Redentor. É um novo mandamento, ou seja, É um mandamento renovado; foi um mandamento desde o início, tão antigo quanto a lei da natureza, foi o segundo grande mandamento da lei de Moisés, e tornou-se um dos grandes mandamentos do Novo Testamento, de Cristo, o novo Legislador, é chamado de um novo mandamento: é como um livro antigo em uma nova edição corrigida e ampliada.

Este mandamento foi tão corrompido pelas tradições judaicas que, quando Cristo veio em carne, resolveu chamá-lo de NOVO. Leis de vingança e retaliação estavam tão em voga, e amor-egoista era o que prevalecia. A lei do amor fraterno foi esquecido como obsoletos e fora de moda.

É um excelente mandamento e soa como uma nova canção esquecida e colocada de lado. É um mandamento eterno; tão estranhamente novo a ser sempre assim, como a nova aliança, que nunca apodrece (Hebreus 8:13) E será novo para a eternidade, quando a fé e a esperança se tornarão antiquados e inúteis.

Antes era: Amarás o teu próximo, agora é, Você deve amar um ao outro, é pressionado de forma a ganhar um novo sentido, o sentido de comunhão consciente entre duas pessoas que se sentem unidas por uma causa maior a tudo que possa separá-los.

2. Este mandamento deve ser obedecido por causa do exemplo pessoal de quem o ortogou, o exemplo do próprio Salvador: Como eu vos amei. É isso que faz com que seja um mandamento novo (como eu vos amei) – algo que tinha sido escondido de idades e gerações. Aqui devem ser lembradas todas as instâncias do amor de Cristo aos seus discípulos. Tudo o que eles já haviam experimentado durante o tempo em que o Mestre estava pessoalmente entre eles. Jesus falou ao coração deles, preocupou-se vivamente por eles, e para o seu bem-estar, instruiu, aconselhou e os consolou, orou com eles e por eles, foi justificado quando eles foram acusados, publicamente declarou que eles eram maisimportantes pra ele do que sua mãe ou irmã ou irmão. Ele os repreendeu por aquilo que estava errado, e ainda com compaixão suportou suas falhas, deu-lhes o seu perdão, acreditou neles, deu-lhes ajuda nas horas mais difíceis, ergue-lhes quando estavam caídos, fez o melhor por eles. Assim, ele os amou, lavou seus pés, e, por fim, entregou sua vida para salvá-los. Portanto, Jesus tem toda autoridade para ordenar que eles devem se amar mutuamente até o fim. Não que sejamos capazes de fazer qualquer coisa da mesma natureza como Jesus fez, mas devemos amar uns aos outros em alguns aspectos da mesma maneira (Sl 49: 7). Nosso amor um para o outro deve estar livre e pronto, trabalhoso e caro, constante e perseverante. Devemos amar uns aos outros a partir deste motivo, - porque Cristo nos amou. (Rom.15.1,3; Fl 2: 1-5.)


3. Este mandamento deve ser cumprido por causa da Reputação da Verdadeira Igreja de Cristo (v. 35): Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros. Observe, devemos ter amor, não só mostrar o amor, mas tê-lo na raiz e no hábito dele, e tê-lo mesmo quando não precisar mostrá-lo. Nisto ele vai revelar que você é realmente um seguidor de Cristo.

O amor fraterno é o distintivo dos verdadeiros discípulos de Cristo. Por isso, ele os conhece, por isso, podem conhecer-se (1 João 2. 14), e por isso os outros podem conhecê-los. Esta é a farda da família de Cristo, o caráter distintivo dos seus discípulos, aquilo que é abertamente visto por todos, aquilo que supera todas suspeitas do falso cristianismo e que referenda o cristianismo verdadeiro de forma pública. Isso foi o que tornou Jesus famoso, pois tudo o que fazia e tudo o que dizia expressava o seu incondicional amor pelo homem. Alguém de fora da igreja, poderá constatar pela observação do estilo de vida dos discípulos verdadeiros, uma grande verdade: "Certamente, estes são os seguidores verdadeiros de Cristo, pois estão amando como Jesus amou."

Jesus não disse que os homens saberiam que eles seriam seus discípulos - se realizassem milagres, se expulsassem demônios ou mesmo se fossem grandes pregadores do Evangelho. Conquanto os dons espirituais são úteis, as obras também devem ser feitas pelos cristãos, ainda assim elas não podem ser a prova da legitimidade da Igreja genuina. Tais coisas podem ser falsificadas e servir para confundir a mente de pessoas honestas que querem realmente servir a Deus. O amor de Cristo, porém, jamais poderá aparecer de forma falsa. Ninguém pode falsificar amor pois o amor de Cristo está isento da falsificação. Quando não não há amor em uma pessoa, logo isto se torna visivel a todos. Esta pessoa pode ser o mais instruído entre os homens, pode ser o maior operador de milagres, pode ser o mais eloquente entre os pregadores, mas se não tiver amor, nada será.(ICo. 13.2).

Ora, se os seguidores de Cristo não se amam, se existem entre eles acusações injustas, tentativas de denegrir a imagem um do outro, se existem entre eles coisas tais como ciúme, inveja, partidos e disputas, isso dará justa causa para se suspeitar de sua veracidade como Discípulos de Cristo. Alguém poderia por justa causa, perguntar: Ó Jesus! são estes os teus seguidores, tão irados, Tão hipócritas e maliciosos, tão maldosos, pessoas tão mal-humoradas? Tertuliano fala da glória da igreja primitiva onde os cristãos eram conhecidos pelo seu carinho mútuo e pela maneira amorosa que eles tratavam uns aos outros.

Quando os nossos irmãos estão precisando de nossa ajuda e temos a oportunidade e condição de ajudá-los, quando os ajudamos mesmo que eles diferem de nós em opinião e prática, isto se torna uma ocasião muito apropriada para glorificar a Jesus e mostrar a cara da verdadeira Igreja de Cristo.

Rev. Alcimar Dantas Dias

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A Conciliação entre a Oração e os Decretos de Deus


Jo. 17: 9 a 15

Depois de ter pregado aos discípulos sobre carregar a cruz, o Senhor Jesus apresentou-lhes as consolações, certo de que eles iriam perseverar.Tendo prometido a vinda do Espírito Santo, Jesus mostrou-lhes uma melhor esperança, e discursou sobre o esplendor e glória do seu reinado.

Agora, mais propriamente gastou tempo com a oração, porque a doutrina não tem poder sem a eficácia que vem do céu, pela oração. Jesus chama a atenção dos discípulos para não empregar-se apenas em semear a palavra sem a sua mistura com orações , pois elas nos levam a implorar a ajuda de Deus, que com a sua bênção pode tornar o trabalho fecundo.

“E levantou os olhos para o céu” é uma circunstância relatada por João, que indica ardor e veemência incomum pelo Pai, porque por esta atitude Cristo testemunhou que, nas afeições de sua mente, ele estava mais no céu do que na terra.. Ele olhou para o céu, não como se a presença de Deus fora confinada no céu, pois Ele também está na terra, (Jeremias 23:24), mas porque é lá, principalmente que sua majestade é exibida. Outra razão é que, olhando para o céu, somos lembrados de que a majestade de Deus é exaltada acima de todas as criaturas.

“Pai, é chegada a hora”. Cristo pede que seu reino seja glorificado, para que ele também possa alcançar a glória do Pai. Ele diz que a hora já chegou, porque, embora por milagres e por todo tipo de eventos sobrenaturais, ele tinha sido manifestado como o Filho de Deus, mas o seu reino espiritual ainda estava na obscuridade, mas logo depois de sua morte e ressurreição, seu Reino brilharia com o brilho total.

Conquanto dolorosa e sofrida, também gloriosa foi a morte de Cristo, visto que na sua morte vemos um triunfo magnífico, que é ocultado dos homens ímpios, porque é nela que reside a expiação dos pecados, o mundo foi reconciliado com Deus, a maldição foi apagada, e Satanás foi derrotado. É também o objeto da oração de Cristo, que sua morte pode produzir, através do poder do Espírito, como havia sido decretado pelo propósito eterno de Deus, pois ele diz que é chegada a hora, não um hora que é determinada pela fantasia dos homens, mas uma hora que Deus havia predestinado.


Sua oração não é supérflua, porque, enquanto depende da boa vontade de Deus, Cristo sabe que o que Deus prometeu certamente cumprirá. É verdade que Deus faz o que tenha decretado. No entanto, a oração é a prova de fé na soberania de Deus e prova também de comunhão e amor ao Pai com quem nutre um relacionamento perfeito e eterno.

Rev. Alcimar D. Dias

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Vampiros

Há alguns dias, vi um filme interessante com minha família, chamado “2019”. Trata-se de uma ficção em que o mundo é dominado por vampiros super inteligentes, os quais vivem do sangue dos humanos que por sua vez, são tratados como animais e começam a entrar em extinção. A cúpula dos vampiros começa a investigar um substituto para o sangue como alimento, mas não consegue êxito. Um conflito interno se instala entre eles, enquanto uma minoria de seres humanos consegue viver às escondidas, mas correndo um alto risco de serem pegos. Em meio a tudo isso, como ápice da trama, alguém diz desesperado que, o que realmente precisam é apenas da certeza de um futuro. Fico pensando que figuradamente já temos sido perturbados pelos vampiros das crises existenciais, das depressões e dos estresses desta pós-modernidade que pressiona o homem do século 21. Parece que o filme “2019” já está acontecendo e o ápice tem sido o mesmo: a falta de opções de futuro. Talvez o Apocalipse já tenha iniciado e não percebemos. Estamos chegando numa época em que a maior riqueza que alguém pode ter é a certeza de que seu futuro está de fato garantido e a única garantia de futuro que ainda pode existir é a certeza bíblica de que há uma pátria celestial sendo preparada para todo aquele cujo nome está escrito no livro da vida. (Este texto é parte do livro que estarei lançando em breve.)
Rev. Alcimar Dantas Dias

terça-feira, 3 de maio de 2011

Pregação Expositiva

O que você acha da Pregação Expositiva?

quinta-feira, 21 de abril de 2011

O Verdadeiro Sentido da Paixão de Cristo

O verdadeiro significado da PAIXÃO de Cristo. Jo 12:20 a 28


Nesta semana chamada santa, muito se fala na Paixão de Cristo, mas poucos sabem realmente o verdadeiro significado desta expressão.
Nada melhor do que analisar as próprias palavras do Senhor em Jo.12.27 quando Ele diz: “Agora, está angustiada a minha alma, e que direi eu? Pai, salva-me desta hora? Mas precisamente com este propósito vim para esta hora.”
A angústia da alma de Jesus é o sintoma de sua paixão. A palavra Paixão vem de “pacio” e significa sofrimento. Ele demonstra com esta palavra, que já está sofrendo mesmo antes de ser preso e torturado fisicamente antes da morte física. Jesus afirmou esta palavra no Domingo que entrou em Jerusalém e depois de ter sido aclamado pela multidão. Depois também de ter sido procurado por André e Felipe que lhe comunicaram o desejo dos gregos de vê-lo. Nas palavras dos fariseus em Jo 12: 19, Todos estavam indo após o Mestre. Ou seja, Jesus tinha o mundo aos seus pés, a oportunidade de se tornar famoso e reconhecido pelo mundo como um grande herói. Mas, não foi esse o caminho que Ele escolheu.
A paixão de Jesus foi antes de tudo, pela glorificação do nome de seu Pai. No versículo 28 Ele diz: “Pai, glorifica o teu nome.” Quando Jesus toma conhecimento de que até os gregos queriam vê-lo, responde dizendo que “...se o grão de trigo, caindo na terra não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto.”Jo.12.24. Jesus sabe que precisa renunciar a fama e odiar a própria vida neste mundo para preservá-la para a vida eterna.
A sua paixão é primeiramente pela obediência incondicional ao propósito de seu Pai para sua vida, “Mas precisamente para este PROPÓSITO vim para esta hora.” A consciência do seu pacto com o Pai, a determinação em cumprir sua parte no pacto e o amor que tem pelo seu Pai são as razões pelas quais nada pode impedi-lo de seguir o caminho da cruz.
Em seguida, a morte de Jesus, sendo aceita pelo Pai, como assim o foi, resultou na salvação de muitos, revelando assim a grandeza do amor de Deus pelo homem, como está escrito em Jo. 3:16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Também como está escrito em Rm 5.8 “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.”
Jesus renunciou a glória proposta pelo mundo por ter em vista uma glória maior e eterna que é a glória que vem do Pai eterno. Quem dera, possamos também ter bem claro e definido em nossos corações o propósito de Deus para nossas vidas que se resume em Jo 12.25,26 “Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo odeia a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna. Se alguém me serve, siga-me, e onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará.”

Rev. Alcimar Dantas Dias

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Liderança Servidora

O modelo de liderança encontrado na Bíblia


João 13: 12 a 17

Introdução

“Um líder não consegue levar seus liderados além do ponto onde ele mesmo chegou.” Esta frase resume uma das maiores verdades sobre Liderança. A questão permanece: Onde a maioria das pessoas vai buscar conhecimento para elevar o nível de sua liderança? Muitas procuram nos grandes líderes do mundo- políticos, executivos, empresários, investidores, técnicos de futebol, etc. “Mas a verdade é que a melhor fonte de ensino sobre Liderança, hoje, é a mesma de há milhares de anos. Se você quer aprender sobre liderança, busque o maior livro sobre liderança que já foi escrito: a Bíblia Sagrada.” (Jonh Maxwell)

Qual é o modelo de liderança corrente em nossos dias?

- Líderes preocupados em causar boa impressão nos seus superiores.

- Políticos preocupados com o enriquecimento e a permanência no poder.

- Pais tentando se tornar “melhores amigos” dos filhos esquecendo de lhes dar a liderança de que precisam com amor, feedback, disciplina e limites.

- Professores interessados em cumprir o programa em vez de ajudarem os alunos a desenvolver o caráter.

- Pessoas interessados em Cargos mas despreparadas para realizar a função.

O que é liderança?

Dicionário Aurélio : Liderança: espírito de chefia; forma de dominação baseada no prestígio pessoal e aceita pelos liderados.

Líder: Indivíduo que chefia, comanda e/ou orienta, em qualquer tipo de ação, empresa ou linha de idéias; guia, chefe ou condutor que representa um grupo, uma corrente de opinião, etc.

Cecília Whitaker Bergamini afirma que Liderança é um fenômeno de grupo, isto é, não se fala de líder/liderança em se tratando de um indivíduo Isoladamente.Trata-se “de um processo de influenciação exercido de forma intencional” (Bergamini, 1994: 15)

Liderança é:

1. Consciência de uma Tremenda Responsabilidade

2. É uma habilidade que se aprende. Ninguém nasce Líder.

3. É um processo de influenciar pessoas.

4. É uma questão de Caráter e não de intelecto.

5. É a Habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente, visando atingir objetivos comuns, inspirando confiança por meio da força do caráter.

Texto: Mt 20. 20 a 26 (“…Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal.)

Diferença entre poder e autoridade.

Poder: É a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não o fazer.

Autoridade: A habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal.

“Alguém poderia estar num cargo de poder e não ter autoridade sobre as pessoas. Ou, ao contrário, uma pessoa poderia ter autoridade sobre os outros sem estar numa posição de poder.”

“Outro modo de diferenciar poder de autoridade é lembrar que o poder pode ser vendido e comprado, dado e tomado. As pessoas podem ser colocadas em cargos de poder porque são parentes ou amigas de alguém, porque herdaram dinheiro ou poder. Isto nunca acontece com a autoridade. A autoridade não pode ser comprada nem vendida, nem dada ou tomada. A autoridade diz respeito a quem você é como pessoa, a seu caráter e à influência que estabelece sobre as pessoas. ( Extraído do livro “O Monge e o executivo”, p 20.)

QUALIFICAÇÕES DO DIÁCONO I Tm 3: 9, 10 e 13 (Comentário de Jonh Calvin)

9. Mantendo o mistério da fé. Conhecer bem a pura doutrina do Evangelho. Conhecer bem a igreja onde serve como diácono. Ser bem instruído na Fé. O Diaconato é um ministério santo da Igreja e deve ser assumido com muito temor a Deus. Não é qualquer um que pode ser um diácono.

10. E deixe-os ser primeiro julgado. Ele deseja que os que são escolhidos devem

ser conhecidos, mas que a sua integridade deve ser igual a dos Presbíteros. Além disso, este julgamento não seja por uma hora, mas consiste em uma longa experiência. Em uma palavra, quando os diáconos vão ser ordenados, a escolha não deve ser de forma aleatória, sem seleção, mas devem ser aprovados por suas experiências passadas .

Da mesma forma, as esposas. Ele quer dizer que as esposas dos diáconos e dos presbíteros devem ser ajudadoras dos seus maridos. Devem estar à altura dos mesmos. Do contrário, elas podem ser um desastre para os mesmos.

13. Para aqueles que têm servido bem. As palavras de Paulo são no sentido de que, os que têm cumprido este ministério de uma forma adequada são dignos de grande honra. Este versículo nos lembra duas palavras importantes:

Competência e Desempenho

A competência vai determinar o desempenho

1. Capacitação – Conhecimento das responsabilidades do seu cargo. Habilidade para realizar sua funções. Reciclagem. Troca de idéias com outros. Avaliações periódicas.

2. Iniciativa — Agir sem passar de seus limites. Iniciar uma ação, (At 8. 5)

3. Conhecimento do ambiente —

Conhecer a natureza da Igreja onde trabalha.

Saber qual é o propósito da Igreja.

4. Amor pelo que faz - Eclesiastes 9:10

5. Não ser motivado por elogios ou críticas

(Fp. 4.11 a 13 )



Referências:

A BÍBLIA SHEDD. São Paulo - SP: Ed. Vida Nova, 1997.

HUNTER, James C. O Monge e o Executivo. Rio de janeiro RJ: Ed. Sextante, 2004.

MAXWELL, John C. Líder 360º. Tradução Valéria Lamim Delgado Fernandes. Rio de Janeiro: Ed.Thomas Nelson Brasil, 2007.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

iniciativa

Se quiseres, podes purificar-me. Mt. 8:1 a 4


A lepra era uma doença sem cura no tempo de Jesus. Era uma doença terrível porque provocava feridas pelo corpo que iam destruindo os membros lentamente sem causar dor . Os leprosos cheiravam mal e não podiam viver em sociedade, eram separados e discriminados, somente esperavam a hora da morte.

Mt 8: 1 a 4 revela-nos o encontro de um leproso com Jesus . Chama-nos a atenção a determinação e coragem dele em se aproximar de Jesus e adorá-lo. Em seguida aquele leproso fez um pedido curto mas que, expressou tudo o que ele desejava naquela hora: “Se quiseres podes purificar-me.” Ele resolveu verbalizar o seu sincero desejo para o Senhor . O desejo de viver, de ser curado, de ser livre do seu mal, etc. Jesus respondeu imediatamente dizendo SIM e depois tocou nele e o curou. Aquele leproso mostrou inconformação com seu estado de lepra, quis ser curado e por isso aproximou-se de Jesus.

O primeiro passo para nos livrarmos de coisas que nos fazem sofrer é de fato, a identificação das referidas coisas. Procurar saber de onde vem o sofrimento é fundamental para combater a causa e não apenas as conseqüências.

O segundo passo é a inconformação com tais coisas. A grande questão é que muitos se acostumam com coisas ruins e as adotam como se fossem um bichinho de estimação. É preciso ter ojeriza a tudo aquilo que você sabe que está lhe causando sofrimento.

O terceiro passo é a iniciativa de aproximarmo-nos de Jesus com fé e submissão e com certeza, seremos abençoados. Precisamos nos mover em direção a Jesus e crer que, se Ele quiser, imediatamente seremos purificados.

Basta uma palavra de Jesus. Basta um toque do Mestre em nossas vidas e a bênção acontecerá imediatamente.

Vamos trazer ao conhecimento de Jesus o nosso desejo de sermos purificados de tudo aquilo que pode estar causando transtornos em nossa vida.



Rev. Alcimar Dantas Dias

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Simplesmente Crendo

Seria Fé uma emoção? Um estado de êxtase? Um exercício mental que requer concentração ou alguma técnica mística para sustentá-la? Um Fenômeno Psicológico? Afinal, o que vem a ser FÉ?
 “ORA, a fé é a certeza das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem.1” Fé é certeza de que algo é verdadeiro. Fé é a convicção de que tais palavras ditas são verdadeiras e não necessitam de provas para o que crê, pois a prova já é a própria fé. Fé é a aceitação simples de verdades com ou sem a comprovação científica.
Certa vez ouvi um pregador leigo dizer a seguinte frase: “Com a minha mão eu toco neste púlpito. Com os meus olhos eu vejo quem está lá na porta. Com a minha fé eu vejo Deus”. Mas há muitos que só acreditam no que tocam ou no que vêem. A Fé é pessoal.
Louis Berkhof, (1873-1957) um teólogo sistemático reformado, afirma o seguinte: “O vocábulo (fé) não é um termo exclusivamente religioso e teológico. É empregado muitas vezes no sentido geral e não religioso, e mesmo assim tem mais de uma conotação.2”
Berkhof considera as conotações do vocábulo Fé inicialmente num sentido solto e popular para indicar uma simples opinião. Depois ele considera a Fé como “uma certeza imediata” relacionada com a Ciência e os resultados que podem ser obtidos pela percepção, experiência e dedução lógica, mas admite a certeza intuitiva referindo-se aos axiomas que não podem ser demonstrados. E por último, ele cita a denotação da Fé como convicção de que o testemunho de outro é verdadeiro, a confiança na promessa que o outro fez, com base unicamente no histórico de veracidade e fidelidade do outro. Isto inclui a confiança num amigo, no piloto do avião quando viajamos, no médico quando estamos na sala de cirurgia, etc.
A Fé Religiosa, por sua vez, não difere da fé em geral. no sentido mais abrangente, é a persuasão do homem quanto à veracidade das Escrituras Sagradas, com base na autoridade de Deus.
Teologicamente, Berkhof distingue o4 tipos de Fé:
a. Fé histórica. Trata-se da pura e simples apreensão de fatos históricos vazia de qualquer propósito moral ou espiritual.
b. Fé miraculosa. É a fé em milagres como aparece nos Evangelhos, nos milagres de Cristo e no livro de Atos, a qual podia gerar ou não a Fé Salvadora.
c. Fé temporal. Trata-se da persuasão das verdades religiosas que vem acompanhada de algumas incitações da consciência e de uma agitação dos afetos, mas não tem suas raízes num coração regenerado. O nome é derivado de Mt 13. 20,21.
d. Fé salvadora. “A verdadeira fé salvadora tem sua sede no coração e suas raízes na vida regenerada. Muitas vezes se faz distinção entre o habitus e o actus da fé (entre o hábito e o ato da fé). Contudo, por trás destes acha-se a semen fidei (semente da fé). Esta fé não é primeiramente uma atividade do homem, mas uma potencialidade produzida por Deus no coração do pecador. A semente da fé é implantada no homem quando da regeneração. Alguns teólogos falam disto como habitus da fé, mas outros mais corretamente lhe chamam semen fidei. Somente depois que Deus implantou a semente da fé no coração do homem, é que ele pode exercer a fé. É isto, evidentemente, que Barth tem em mente também, quando, em seu desejo de ressaltar o fato de que a salvação é exclusivamente obra de Deus, afirma que Deus, e não o homem, é o sujeito da fé. O exercício consciente da fé forma gradativamente o habitus, e este adquire uma significação fundamental e determinante para o ulterior exercício da fé. Quando a Bíblia fala da fé, geralmente se refere à fé como uma atividade do homem, mas nascida da obra realizada pelo Espírito Santo. Pode-se definir a fé salvadora como uma certa convicção, produzida pelo Espírito Santo no coração, quanto à veracidade do Evangelho, e uma segurança (confiança) nas promessas de Deus em Cristo. Em última análise, é certo, Cristo é o objeto da fé salvadora, mas Ele nos é oferecido unicamente no Evangelho.3”
Rev. Alcimar Dantas Dias



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Notas.

1. Hebreus 11.1

2. Louis Berkhof, Teologia Sistemática, p 500

3. Louis Berkhof, Teologia Sistemática, p 502

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Andai em amor


“SEDE, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;
E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.”
(Ef. 5:1,2)
Um dos grandes diferenciais do Cristianismo comparado com outras religiões é a Convicção que tem os seus seguidores de que são, de fato, filhos de Deus. Esta certeza se dá pelo conhecimento das Escrituras Sagradas e se confirma pela experiência prática do cristão.
Foi por isso que Paulo escreveu o texto acima para os Efésios, com a intenção de motivá-los a imitarem o Pai, como filhos amados. Em geral, as crianças  imitam os seus pais, repetindo na prática o que vêem os pais fazerem.
Certamente não podemos fazer tudo o que Deus faz, mas o texto aponta para algo que Deus fez e que pode ser feito por nós também. O texto aponta para a vida em AMOR. Devemos buscar uma vida em amor. Existem 04 palavras em grego, para traduzir AMOR. A primeira é storgê, o amor amizade. A segunda é Filia, que se refere ao amor de irmãos. A terceira é Eros, que se refere ao amor da atração física e da paixão. Porém a quarta palavra é Ágape que está relacionada com o amor divino, amor eterno, amor incondicional e amor sacrificial.
Creio que devemos voltar a nossa atenção para esta recomendação de Paulo a qual se torna a condição primeira para a Igreja de Cristo ser frutífera: amarmo-nos uns aos outros como Cristo nos amou.
"Andai em amor" é uma expressão que sugere o amor no movimento da vida, na ação continua, nas passadas diárias de alguém que está vivo e caminhando para um alvo. A vida cristã se apresenta assim dinâmica, inserida num contexto histórico pessoal de relacionamentos inter-pessoais onde acontece a raiva, o desentendimento, o conflito, mas andando em amor também se manifestará o perdão, a reconciliação, o diálogo e a interação dos sujeitos sociais, expondo ao mundo de forma eficaz o poder do Evangelho de Cristo. 

Rev. Alcimar Dantas Dias