segunda-feira, 9 de maio de 2011

A Conciliação entre a Oração e os Decretos de Deus


Jo. 17: 9 a 15

Depois de ter pregado aos discípulos sobre carregar a cruz, o Senhor Jesus apresentou-lhes as consolações, certo de que eles iriam perseverar.Tendo prometido a vinda do Espírito Santo, Jesus mostrou-lhes uma melhor esperança, e discursou sobre o esplendor e glória do seu reinado.

Agora, mais propriamente gastou tempo com a oração, porque a doutrina não tem poder sem a eficácia que vem do céu, pela oração. Jesus chama a atenção dos discípulos para não empregar-se apenas em semear a palavra sem a sua mistura com orações , pois elas nos levam a implorar a ajuda de Deus, que com a sua bênção pode tornar o trabalho fecundo.

“E levantou os olhos para o céu” é uma circunstância relatada por João, que indica ardor e veemência incomum pelo Pai, porque por esta atitude Cristo testemunhou que, nas afeições de sua mente, ele estava mais no céu do que na terra.. Ele olhou para o céu, não como se a presença de Deus fora confinada no céu, pois Ele também está na terra, (Jeremias 23:24), mas porque é lá, principalmente que sua majestade é exibida. Outra razão é que, olhando para o céu, somos lembrados de que a majestade de Deus é exaltada acima de todas as criaturas.

“Pai, é chegada a hora”. Cristo pede que seu reino seja glorificado, para que ele também possa alcançar a glória do Pai. Ele diz que a hora já chegou, porque, embora por milagres e por todo tipo de eventos sobrenaturais, ele tinha sido manifestado como o Filho de Deus, mas o seu reino espiritual ainda estava na obscuridade, mas logo depois de sua morte e ressurreição, seu Reino brilharia com o brilho total.

Conquanto dolorosa e sofrida, também gloriosa foi a morte de Cristo, visto que na sua morte vemos um triunfo magnífico, que é ocultado dos homens ímpios, porque é nela que reside a expiação dos pecados, o mundo foi reconciliado com Deus, a maldição foi apagada, e Satanás foi derrotado. É também o objeto da oração de Cristo, que sua morte pode produzir, através do poder do Espírito, como havia sido decretado pelo propósito eterno de Deus, pois ele diz que é chegada a hora, não um hora que é determinada pela fantasia dos homens, mas uma hora que Deus havia predestinado.


Sua oração não é supérflua, porque, enquanto depende da boa vontade de Deus, Cristo sabe que o que Deus prometeu certamente cumprirá. É verdade que Deus faz o que tenha decretado. No entanto, a oração é a prova de fé na soberania de Deus e prova também de comunhão e amor ao Pai com quem nutre um relacionamento perfeito e eterno.

Rev. Alcimar D. Dias

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