terça-feira, 21 de setembro de 2010

A Fome de Deus (Jo 4.31 a 38)

No momento de uma refeição, quando os discípulos estão preocupados com que Jesus coma, Ele faz uma afirmativa e lhes deixa curiosos: “Uma comida tenho para comer que vós não conheceis.”  Que comida especial seria esta? Teria Jesus trazido alguma coisa para que comer sem que os discípulos soubessem? Uma comida nova e desconhecida dos seus discípulos. Jesus era especialista em despertar a curiosidade dos seus ouvintes.
"A falta do conhecimento sobre os processos de construção dos pensa­mentos, sobre o processo de interpretação e sobre os limites e o alcance de uma teoria pode conduzir os pesquisadores que procuram defender teses acadêmicas a fechar as janelas do pensamento."(Augusto Cury, Inteligência Multifocal, 2006, p 38)
Jesus revela através do seu comportamento e sua técnica do discurso, a capacidade de abrir janelas no pensamento dos seus ouvintes e levá-los a pensar em algo que está mais além ou mais profundo.

Então Jesus lhes revelou: ‘A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra.”


Fazer a vontade de Deus para Jesus era como se alimentar. Enquanto o alimento fortalece o organismo, fazer a vontade de Deus fortalece o espírito e realiza o homem. Fazendo a vontade de Deus Jesus sentia-se, entre outras coisas:


1.Fortalecido. Conhecer e praticar a vontade de Deus deixava Jesus forte. Ele tinha profunda necessidade de comer esta comida . Era o que sustentava e justificava a sua existência na Terra, o compromisso com a realização da vontade do Pai. E Ele sabia a que tinha vindo ao mundo. Sabia que iria enfrentar a morte. Sabia que seria rejeitado pelos homens. Sabia do seu sofrimento pela humanidade. Contudo, sabia que sua vida só teria sentido se vivesse para o inteiro agrado do pai.


2. Encorajado. A prática diária da vontade de Deus lhe dava coragem para continuar vivendo e a sua vida era era em função de fazer a vontade do Pai. Com este propósito na mente e no coração, Ele sentia- se encorajado para enfrentar os momentos difíceis como o seu sofrimento e a morte na cruz.


3. Satisfeito. Comendo a comida da obediência ao Pai, Jesus encontrava satisfação no mais íntimo do seu ser. A maior satisfação do ser humano é quando ele pratica a vontade de Deus.
A satisfação do íntimo não vem da satisfação carnal, pois a satisfação carnal é passageira e por vezes, muito cara. A satisfação interior além de ser grátis, ela é duradoura.
 4.Descansado. A sensação de cumprimento da vontade do Pai dava a Jesus o descanso, o conforto e a tranqüilidade para viver. Novamente há de se falar aqui sobre o descanso da alma, descanso como uma sensação interior que independe de qualquer circunstância externa.


Jesus não podia viver sem fazer a vontade de Deus. Igualmente todos aquels que foram chamados para fazer a vontade de Deus . Somente assim poderão ser fortalecidos, encorajados, satisfeitos e descansados. Isso pode parecer um caminho contrário ao curso normal dos caminos propostos pelo mundo, e o é. A escala de valores do Reino de Deus é inversa à escala de valores do mundo. "Se o grão de trigo, caindo na terra não morrer, fica ele só; mas se morrer, produz muito fruto."Jo 12.24


Rev. Alcimar D. Dias

Nenhum comentário:

Postar um comentário

DEIXE UM COMENTÁRIO: