“O homem é assim como imagina no seu
coração.” Provérbios 23.7
Todos nós
somos muito influenciados por tudo aquilo que está dentro da nossa caixa de
memória. Outro dia, estávamos em casa, revendo fotos antigas e dando risadas
das roupas, dos penteados, das caras e de tudo mais que aparecia nas fotos de um
álbum antigo da família.
Outras
coisas como perfumes e músicas antigas também ativam a nossa caixa de memória e
nos proporcionam sentimentos como: saudade, tristeza, ojeriza, alegria, etc.
O certo é
que tudo que está na nossa caixa de memória acaba influenciando o nosso modo de
pensar e de falar e principalmente o nosso discurso interior que é fruto do que
está armazenado na nossa caixa de memória.
Não pretendo
aqui dissertar sobre a análise do Discurso Interior, mas apenas chamar a sua
atenção para o cuidado que devemos ter com o nosso monólogo interior que
acontece constantemente em nossa mente e que é responsável por nos deixar com a
auto-estima alta ou baixa, alegres ou tristes, animados ou desanimados e até
provocar desentendimentos, discórdias, mal-entendidos, etc.
O Psicólogo Lev Semenovitch Vygotsky [1]
postulou a idéia de que o desenvolvimento humano, principalmente o psicológico/mental
depende da aprendizagem, na medida em que se dá por processos de internalização
de conceitos, que são promovidos pela aprendizagem social. Esta teoria pode nos
ajudar muito a entender a importância do meio social na formação dos conceitos
que estão internalizados em nós. Isto tem a ver com a influência da família nos
primeiros anos de vida de uma criança. A influência da Escola nos anos escolares.
A influência dos amigos e de todos os relacionamentos sociais. Podemos concluir
que a convivência com a Palavra de Deus, a vida de oração, o convívio com
pessoas que tem muito a nos ensinar, a leitura de bons livros, a audição de
boas músicas pode influenciar os nossos pensamentos, o nosso discurso interior.
A.D.D.
[1] Vygotsky nasceu em 1896 na Bielo-Rússia, que depois
(em 1917) ficou incorporada à União Soviética, e mais recentemente voltou a ser
Bielo-Rússia. Nasceu no mesmo ano que Piaget, mas viveu muitíssimo menos que
este último, pois morreu de tuberculose em 1934, antes de completar 38 anos.