quinta-feira, 26 de maio de 2011

Não se turbe o vosso coração (Jo 14.1)



Jesus viu que os corações dos seus discípulos estavam turbados, tumultuados, em desordem, confusos e sem sossego. Por isso, lhes deu a ordem para não deixarem os corações confusos. Toda essa turbulência de coração era devido à dúvida que queria se instalar em seus corações.

Jesus também lhes mostrou de forma clara e simples o que fazer para afastar a turbulência e desassossego da alma: “Credes em Deus, crede também em mim.” Eles já criam em Deus, precisavam crer em Jesus também. Ainda estavam com dificuldade de associar Jesus a Deus, de ver Jesus como Deus. Queriam ver o Pai, queriam saber o caminho, queriam provas. Mas Jesus apenas lhes disse que “quem me vê a mim vê o Pai” Jo.14.9.

A turbulência de coração acompanha a vida de todos os homens em todos os tempos. Hoje , ela vem dos apertos financeiros, vem das dívidas, do medo das doenças, do medo da violência, dos problemas conjugais, da preocupação exagerada com o futuro dos filhos e provoca ansiedade existencial. Tudo isso tira a paz do coração e provoca distúrbios emocionais, ou estado de sofrimento, angústia contínua que tem como propósito afastar ainda mais o homem de Deus, levá-lo a buscar alívio através do consumo de drogas, práticas pecaminosas, anormalidades no apetite, etc.

Como evitar isso? Crer em Deus e crer também em Jesus Cristo seu Filho. Confiar de forma especial em Deus. Está seguro de sua fé e confiança no Senhor, através do conhecimento de sua Palavra , através da concordância com Sua Palavra e de uma vida pautada nas Escrituras Sagradas.

A fë que normaliza o coração do homem e lhe devolve a paz está diretamente associada a um relacionamento pessoal com Jesus Cristo na base do conhecimento de suas palavras, na base da confissão e aceitação de que só Ele é o Senhor e Salvador dos homens. Esta é a fé que salva e também gera o arrependimento dos pecados e proporciona o novo nascimento. É a fé que transforma o homem em uma nova criatura e gera paz no coração.


sexta-feira, 20 de maio de 2011

Principal Característica do Verdadeiro Discípulo de Cristo



“Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.” Jo 13.34,35

Nos últimos momentos com os seus discípulos, Jesus discursou para eles de forma muita clara sobre o que está para acontecer e aproveitou para lhes dar um NOVO mandamento. No entanto, mesmo num clima de muita sinceridade e linguagem fácil, ainda se via como os discípulos eram tardos de coração para compreender as palavras do Senhor. O apóstolo Pedro não aceitou os dizeres de Cristo e insistiu que pelo seu Senhor daria a própria vida (Jo.13.37). O Senhor lhe adiantou que isso não aconteceria pois Pedro iria negá-lo naquela mesma noite (Jo.13.38). Eles eram tardos de coração para entender as palavras de Cristo e para aceitá-las. Por que tanta resistência para aceitar a palavra de Deus como ela é?

Mas, em meio aquele contexto de revelação do traidor, rejeição por parte de Pedro, o Senhor não se distrai do seu alvo e lhes dá o NOVO mandamento com consiste nisso: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.” Vamos considerar três fortes argumentos porque deve este mandamento ser obedecido:

1. Trata-se de uma ordem do Rei Jesus. O amor é a característica principal do reino de Deus. É um dos maiores atributos de Deus. Foi em amor que Ele predestinou sua igreja (Ef 1.5,6). “Este é o seu mandamento: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o seu mandamento”(I Jo 3:23).

É o comando do nosso Senhor, que tem toda autoridade sobre nós, é o comando de nosso Redentor. É um novo mandamento, ou seja, É um mandamento renovado; foi um mandamento desde o início, tão antigo quanto a lei da natureza, foi o segundo grande mandamento da lei de Moisés, e tornou-se um dos grandes mandamentos do Novo Testamento, de Cristo, o novo Legislador, é chamado de um novo mandamento: é como um livro antigo em uma nova edição corrigida e ampliada.

Este mandamento foi tão corrompido pelas tradições judaicas que, quando Cristo veio em carne, resolveu chamá-lo de NOVO. Leis de vingança e retaliação estavam tão em voga, e amor-egoista era o que prevalecia. A lei do amor fraterno foi esquecido como obsoletos e fora de moda.

É um excelente mandamento e soa como uma nova canção esquecida e colocada de lado. É um mandamento eterno; tão estranhamente novo a ser sempre assim, como a nova aliança, que nunca apodrece (Hebreus 8:13) E será novo para a eternidade, quando a fé e a esperança se tornarão antiquados e inúteis.

Antes era: Amarás o teu próximo, agora é, Você deve amar um ao outro, é pressionado de forma a ganhar um novo sentido, o sentido de comunhão consciente entre duas pessoas que se sentem unidas por uma causa maior a tudo que possa separá-los.

2. Este mandamento deve ser obedecido por causa do exemplo pessoal de quem o ortogou, o exemplo do próprio Salvador: Como eu vos amei. É isso que faz com que seja um mandamento novo (como eu vos amei) – algo que tinha sido escondido de idades e gerações. Aqui devem ser lembradas todas as instâncias do amor de Cristo aos seus discípulos. Tudo o que eles já haviam experimentado durante o tempo em que o Mestre estava pessoalmente entre eles. Jesus falou ao coração deles, preocupou-se vivamente por eles, e para o seu bem-estar, instruiu, aconselhou e os consolou, orou com eles e por eles, foi justificado quando eles foram acusados, publicamente declarou que eles eram maisimportantes pra ele do que sua mãe ou irmã ou irmão. Ele os repreendeu por aquilo que estava errado, e ainda com compaixão suportou suas falhas, deu-lhes o seu perdão, acreditou neles, deu-lhes ajuda nas horas mais difíceis, ergue-lhes quando estavam caídos, fez o melhor por eles. Assim, ele os amou, lavou seus pés, e, por fim, entregou sua vida para salvá-los. Portanto, Jesus tem toda autoridade para ordenar que eles devem se amar mutuamente até o fim. Não que sejamos capazes de fazer qualquer coisa da mesma natureza como Jesus fez, mas devemos amar uns aos outros em alguns aspectos da mesma maneira (Sl 49: 7). Nosso amor um para o outro deve estar livre e pronto, trabalhoso e caro, constante e perseverante. Devemos amar uns aos outros a partir deste motivo, - porque Cristo nos amou. (Rom.15.1,3; Fl 2: 1-5.)


3. Este mandamento deve ser cumprido por causa da Reputação da Verdadeira Igreja de Cristo (v. 35): Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros. Observe, devemos ter amor, não só mostrar o amor, mas tê-lo na raiz e no hábito dele, e tê-lo mesmo quando não precisar mostrá-lo. Nisto ele vai revelar que você é realmente um seguidor de Cristo.

O amor fraterno é o distintivo dos verdadeiros discípulos de Cristo. Por isso, ele os conhece, por isso, podem conhecer-se (1 João 2. 14), e por isso os outros podem conhecê-los. Esta é a farda da família de Cristo, o caráter distintivo dos seus discípulos, aquilo que é abertamente visto por todos, aquilo que supera todas suspeitas do falso cristianismo e que referenda o cristianismo verdadeiro de forma pública. Isso foi o que tornou Jesus famoso, pois tudo o que fazia e tudo o que dizia expressava o seu incondicional amor pelo homem. Alguém de fora da igreja, poderá constatar pela observação do estilo de vida dos discípulos verdadeiros, uma grande verdade: "Certamente, estes são os seguidores verdadeiros de Cristo, pois estão amando como Jesus amou."

Jesus não disse que os homens saberiam que eles seriam seus discípulos - se realizassem milagres, se expulsassem demônios ou mesmo se fossem grandes pregadores do Evangelho. Conquanto os dons espirituais são úteis, as obras também devem ser feitas pelos cristãos, ainda assim elas não podem ser a prova da legitimidade da Igreja genuina. Tais coisas podem ser falsificadas e servir para confundir a mente de pessoas honestas que querem realmente servir a Deus. O amor de Cristo, porém, jamais poderá aparecer de forma falsa. Ninguém pode falsificar amor pois o amor de Cristo está isento da falsificação. Quando não não há amor em uma pessoa, logo isto se torna visivel a todos. Esta pessoa pode ser o mais instruído entre os homens, pode ser o maior operador de milagres, pode ser o mais eloquente entre os pregadores, mas se não tiver amor, nada será.(ICo. 13.2).

Ora, se os seguidores de Cristo não se amam, se existem entre eles acusações injustas, tentativas de denegrir a imagem um do outro, se existem entre eles coisas tais como ciúme, inveja, partidos e disputas, isso dará justa causa para se suspeitar de sua veracidade como Discípulos de Cristo. Alguém poderia por justa causa, perguntar: Ó Jesus! são estes os teus seguidores, tão irados, Tão hipócritas e maliciosos, tão maldosos, pessoas tão mal-humoradas? Tertuliano fala da glória da igreja primitiva onde os cristãos eram conhecidos pelo seu carinho mútuo e pela maneira amorosa que eles tratavam uns aos outros.

Quando os nossos irmãos estão precisando de nossa ajuda e temos a oportunidade e condição de ajudá-los, quando os ajudamos mesmo que eles diferem de nós em opinião e prática, isto se torna uma ocasião muito apropriada para glorificar a Jesus e mostrar a cara da verdadeira Igreja de Cristo.

Rev. Alcimar Dantas Dias

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A Conciliação entre a Oração e os Decretos de Deus


Jo. 17: 9 a 15

Depois de ter pregado aos discípulos sobre carregar a cruz, o Senhor Jesus apresentou-lhes as consolações, certo de que eles iriam perseverar.Tendo prometido a vinda do Espírito Santo, Jesus mostrou-lhes uma melhor esperança, e discursou sobre o esplendor e glória do seu reinado.

Agora, mais propriamente gastou tempo com a oração, porque a doutrina não tem poder sem a eficácia que vem do céu, pela oração. Jesus chama a atenção dos discípulos para não empregar-se apenas em semear a palavra sem a sua mistura com orações , pois elas nos levam a implorar a ajuda de Deus, que com a sua bênção pode tornar o trabalho fecundo.

“E levantou os olhos para o céu” é uma circunstância relatada por João, que indica ardor e veemência incomum pelo Pai, porque por esta atitude Cristo testemunhou que, nas afeições de sua mente, ele estava mais no céu do que na terra.. Ele olhou para o céu, não como se a presença de Deus fora confinada no céu, pois Ele também está na terra, (Jeremias 23:24), mas porque é lá, principalmente que sua majestade é exibida. Outra razão é que, olhando para o céu, somos lembrados de que a majestade de Deus é exaltada acima de todas as criaturas.

“Pai, é chegada a hora”. Cristo pede que seu reino seja glorificado, para que ele também possa alcançar a glória do Pai. Ele diz que a hora já chegou, porque, embora por milagres e por todo tipo de eventos sobrenaturais, ele tinha sido manifestado como o Filho de Deus, mas o seu reino espiritual ainda estava na obscuridade, mas logo depois de sua morte e ressurreição, seu Reino brilharia com o brilho total.

Conquanto dolorosa e sofrida, também gloriosa foi a morte de Cristo, visto que na sua morte vemos um triunfo magnífico, que é ocultado dos homens ímpios, porque é nela que reside a expiação dos pecados, o mundo foi reconciliado com Deus, a maldição foi apagada, e Satanás foi derrotado. É também o objeto da oração de Cristo, que sua morte pode produzir, através do poder do Espírito, como havia sido decretado pelo propósito eterno de Deus, pois ele diz que é chegada a hora, não um hora que é determinada pela fantasia dos homens, mas uma hora que Deus havia predestinado.


Sua oração não é supérflua, porque, enquanto depende da boa vontade de Deus, Cristo sabe que o que Deus prometeu certamente cumprirá. É verdade que Deus faz o que tenha decretado. No entanto, a oração é a prova de fé na soberania de Deus e prova também de comunhão e amor ao Pai com quem nutre um relacionamento perfeito e eterno.

Rev. Alcimar D. Dias

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Vampiros

Há alguns dias, vi um filme interessante com minha família, chamado “2019”. Trata-se de uma ficção em que o mundo é dominado por vampiros super inteligentes, os quais vivem do sangue dos humanos que por sua vez, são tratados como animais e começam a entrar em extinção. A cúpula dos vampiros começa a investigar um substituto para o sangue como alimento, mas não consegue êxito. Um conflito interno se instala entre eles, enquanto uma minoria de seres humanos consegue viver às escondidas, mas correndo um alto risco de serem pegos. Em meio a tudo isso, como ápice da trama, alguém diz desesperado que, o que realmente precisam é apenas da certeza de um futuro. Fico pensando que figuradamente já temos sido perturbados pelos vampiros das crises existenciais, das depressões e dos estresses desta pós-modernidade que pressiona o homem do século 21. Parece que o filme “2019” já está acontecendo e o ápice tem sido o mesmo: a falta de opções de futuro. Talvez o Apocalipse já tenha iniciado e não percebemos. Estamos chegando numa época em que a maior riqueza que alguém pode ter é a certeza de que seu futuro está de fato garantido e a única garantia de futuro que ainda pode existir é a certeza bíblica de que há uma pátria celestial sendo preparada para todo aquele cujo nome está escrito no livro da vida. (Este texto é parte do livro que estarei lançando em breve.)
Rev. Alcimar Dantas Dias

terça-feira, 3 de maio de 2011

Pregação Expositiva

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